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Sobrevivente de ataque da PRF no Natal quer retomar vida normal | Reprodução/Fantástico/TV Globo |
Juliana Rangel, baleada por agentes da PRF, relata recuperação após coma de 30 dias. Caso ocorreu na rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias
DUQUE DE CAXIAS - A agente de saúde Juliana Rangel, 26 anos, falou pela primeira vez sobre sua recuperação após passar mais de 30 dias em coma. Ela foi vítima de tiros disparados por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, enquanto viajava para Niterói com a família, pela Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Durante a ação, um tiro atingiu Juliana na cabeça, ferindo-a gravemente e colocando-a entre a vida e a morte.
Milagre
“Quero agradecer a todos que acreditaram em mim, que eu ia voltar. Eu voltei, gente, por um milagre”, declarou emocionada ao programa Fantástico, da TV Globo.
Apesar das dificuldades para falar devido a uma traqueostomia, Juliana compartilhou como está se sentindo e o que deseja:
“Estou conseguindo me recuperar, mas não foi fácil. Eu estou lembrando aos poucos o que aconteceu. Quero me recuperar para voltar à vida que eu tinha antes”, declarou.
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Sobrevivente de ataque da PRF no Natal quer retomar vida normal | Reprodução/Fantástico/TV Globo |
A equipe médica do Hospital Adão Pereira Nunes, no último sábado (25), transferiu Juliana do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para uma enfermaria. Ela segue em recuperação, após mais de um mês internada em estado crítico.
Ação Policial
O ataque aconteceu enquanto a família seguia do Rio de Janeiro para Niterói. Juliana estava no banco traseiro com o irmão e a namorada dele, enquanto o pai dirigia o carro e a mãe ocupava o banco do passageiro. Na operação, agentes da PRF dispararam contra o veículo usando dois fuzis e uma pistola automática. As armas estão apreendidas desde então e sob análise pericial.
Os agentes envolvidos na ação disseram, em depoimento, que receberam um alerta de outra equipe para um FIAT Siena na que teria passado na rodovia dando tiros para o alto. Logo em seguida, eles teriam avistado o carro da família de Juliana, de mesma marca e modelo.
Prosseguindo no depoimento, os policiais alegam ter sinalizado para que o veículo parasse, o que não ocorreu. Por fim, ao terem ouvido três tiros que pareciam vir do veículo, começaram a efetuar os disparos contra o carro da família.
Investigação do Caso
O caso, que gerou grande comoção, mesmo após um mês dos fatos, ainda aguarda o resultado da perícia para ser concluído. A PF investiga as circunstâncias do ataque e a conduta dos três agentes envolvidos.
Fonte: Folha do Leste
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