DUQUE DE CAXIAS - A Prefeitura de Duque de Caxias, em parceria com o governo do estado, está construindo, no bairro São Bento, no segundo distrito, uma das maiores áreas públicas de lazer da Baixada Fluminense. Na área de 92.387 m², da Avenida Governador Leonel Brizola, ao lado da antiga Feuduc, a prefeitura já iniciou o trabalho de terraplanagem do terreno.
O Central Park Fluminense, como está sendo chamado, vai receber diversos equipamentos, como skate park, áreas para churrasco, playground, viveiro de plantas, banheiros, anfiteatro, academias de ginástica, quadras de vôlei, tênis e futebol com grama natural, arquibancadas e vestiários. Os moradores contarão também com áreas de contemplação, pista de atletismo, chuveirões e estacionamento. Além disso, a prefeitura irá canalizar um trecho de 2 km do Canal São Bento, que corta a região.
POLÊMICA A VISTA
Deu no LURDINHA (Site local de Noticias da Baixada)
Deu até uma alegria ver o anúncio da construção do “Central Park Fluminense”. O nome é discutível, piegas (esse negócio de ficar colocando nome em inglês…). Pode até fazer referência ao parque estadunidense, mas o de Caxias não fica no centro de cidade, e sim no segundo distrito, no bairro São Bento, onde já tem uma área de preservação, a primeira criada no Município (a APA São Bento). Decerto pode também ser também uma referência ao bairro vizinho, Parque Fluminense.
Sobre a APA São Bento foi o próprio Washington Reis, em seu primeiro mandado (2005-2008), que diminuiu sua área, retirando todo o território do Campo do Bomba, onde depois, no segundo mandato (2017-2020) tentou a todo custo implementar o CEARJ. Também acabou com os conselhos populares que gerenciavam as unidades de conservação.
A devastação ambiental é notória em todos os quatro distritos de Duque de Caxias. São várias e várias áreas desmatadas, ignorando todo o debate público a respeito do aquecimento global e mudanças climáticas. Cabe ainda lembrar que Washington Reis foi condenado em todas as instâncias por crime ambiental.
Voltando ao Central Park, esta semana quem passou por lá, pôde perceber a gigantesca devastação feita pela Prefeitura. Parece que a lógica é: vamos preservar, mas primeiro vamos destruir tudo. Há relatos de moradores sobre animais silvestres aparecendo nos quintais. E não há dúvidas que o calor vai aumentar ainda mais no local.
Uma árvore demora décadas para crescer. Não tem cabimento cortar as que já estão lá para replantar outras. O Parque é bem-vindo, mas não pode ser construído desse jeito.
Fonte: ODia/ Lurdinha/ Facebook
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