O deputado estadual Paulo Ramos (PDT) avisou que vai se desligar da bancada de seu partido na Casa. O nobre se revoltou com o grupo, favorável à proposta que autoriza a criação de cargos de confiança no Poder Judiciário.
O moço criticou a presidente do Tribunal Justiça do Rio, Leila Mariano, autora do projeto. Ele acusou a desembargadora de ser inimiga dos servidores e de promover o nepotismo.
"Se ela é inimiga dos serventuários, também é inimiga do Poder Judiciário. O que ela quer é o capachismo, o servilismo, o que há de pior. Ela está promovendo a desagregação do Judiciário", atacou.
Aprovação de projeto que cria cargos no Judiciário tumultua a Alerj.
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB), suspendeu por cinco minutos a sessão desta quarta-feira (05). Manifestantes contrários ao projeto que autoriza o Poder Judiciário a criar cargos de confiança promoveram um apitaço e impediram o líder do governo, André Corrêa (PSD), de discursar. Melo ainda acionou a segurança da Casa, para garantir o andamento dos trabalhos.
Após a reabertura da sessão, Corrêa fez um discurso inflamado, sob as vaias dos manifestantes. "Enquanto for deputado, vou defender as prerrogativas do parlamento. Não aceito a diminuição do Poder Legislativo e vaias nunca me assustaram. Repudio as manifestações que foram feitas e colocaram o Judiciário sob suspeita", disse.
Como os magistrados titulares terão carta branca para nomear os novos chefes de serventia judicial de primeira instância, servidores afirmam que poderá haver favorecimento de funcionários ligados aos juízes.
Clarissa Garotinho (PR) ironizou o colega. "Quero lamentar o puxa-saquismo do líder do governo em relação aos membros do Judiciário. Juiz bom e juiz ruim também tem", rebateu.
Fonte: Extra/Berenice Seara
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