Imagem: Reprodução/MP |
Hierarquia do esquema de roubo de cargas em favelas de Duque de Caxias (RJ)
BAIXADA FLUMINENSE - Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 57, e outros 27 suspeitos de integrarem o CV (Comando Vermelho) foram alvo de uma operação conjunta da Polícia Civil e do MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro nesta terça-feira (10).
O que aconteceu
O grupo foi acusado de formar uma quadrilha para roubos de cargas que geraram prejuízo de ao menos R$ 4 milhões. A investigação aponta que a célula do CV em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, fica com 50% do lucro das vendas das cargas.
A acusação, obtida à íntegra pelo UOL, sinaliza que o valor destinado à facção criminosa ocorre pelo apoio logístico destinado à quadrilha em favelas dominadas pelo CV na cidade. Redutos de Beira-Mar, Parque das Missões, Jardim Ana Clara e Cangulo, são os principais destinos.
O grupo criminoso, segundo o MP, organizava roubos de carga nas principais vias expressas do Rio. Eles atuavam desde, pelo menos, 2022.
Início das investigações
A investigação teve início após o roubo de uma carga de lasanha em Duque de Caxias. Um dia depois, Adenilson Junio Machado Conceição, o Cara de Mal, 24, foi preso por policiais civis que investigavam roubo de cargas no bairro Cangulo.
Na delegacia, o motorista do caminhão roubado reconheceu Cara de Mal como autor do crime. No mesmo dia e local, o MP disse que o suspeito "informou os nomes de vários comparsas" envolvidos em roubos de carga na região.
MP afirmou que foi Cara de Mal quem disse que 50% do valor das mercadorias roubadas eram destinados ao CV. A Justiça, então, autorizou a quebra do sigilo do telefone de Cara de Mal.
O Ministério Público diz que Beira-Mar, mesmo preso desde 2002, teria ordenado os roubos de dentro da prisão, assim como Zé Galinha. Beira-Mar está na penitenciária federal de Catanduvas (PR).
A reportagem não conseguiu localizar as defesas de Beira-Mar, Zé Galinha e Malvadão. O espaço está aberto para manifestações.
Fonte: UOL
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