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Prefeitura do Rio não reconhece título da Inocentes de Belford Roxo

Município pode não homologar vitória da escola de Belford Roxo. Promotor já analisa apuração do Grupo A. Mapa de notas sumiu.
  
A virada de mesa da Liga das Escolas de Samba dos Grupos de Acesso (Lesga) no Carnaval deste ano já está na mira do Ministério Público. A entidade não rebaixou Rocinha e Paraíso do Tuiuti, as duas últimas colocadas, como previa o regulamento. Por isso, o título da Inocentes de Belford Roxo não é reconhecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A administração municipal ainda analisa se vai homologar o resultado por conta do desrespeito ao regulamento, dois representantes da Riotur se recusaram a assinar o documento com o resultado. O título da escola da Baixada pode ser cancelado caso fraude seja comprovada pelo Ministério Público ou Polícia Civil.


O promotor Eduardo Slerca, da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania do Ministério Público (MP), já analisa a suposta manipulação de resultado e a suspensão do rebaixamento. Ele pode entrar com uma ação civil pública contra a entidade esta semana. Representantes das escolas do Grupo A vão encaminhar relatório ao MP. “No Desfile das Campeãs (neste sábado), vamos cobrar do prefeito Eduardo Paes a anulação do resultado”, enfatizou Olivier Luciano Vieira, o Pelé, presidente da Acadêmicos do Cubango, Niterói. “Quero ver o mapa de notas. Estive na Lesga hoje (sexta-feira) e disseram que estava com o presidente. Caso não me apresentem, também vou denunciar ao MP”. Reginaldo Gomes, presidente da Lesga, garante que a apuração dos desfiles “foi feita com toda lisura possível”. Ele argumenta que não rebaixou nenhuma escola porque acatou pedido de oito presidentes de agremiações. Ele prometeu divulgar em 20 dias o mapa das notas.
  'Fé no futuro' Eles trabalharam pela escola, sambaram na Avenida e explodiram de alegria com o título da Inocentes de Belford Roxo. Os Inocentes de coração se revoltam com as suspeitas de fraude no resultado.
  “É discriminação pura, porque somos da Baixada Fluminense. A Beija-Flor e a Grande Rio já passaram por isso”, queixa-se a passista Jacqueline Gama, 27 anos, há quatro na escola. “Tanta polêmica é coisa que saiu da cabeça do prefeito Eduardo Paes, uma bobagem. É ciúme de quem não gosta de Belford Roxo”, atacou Athaide Plínio da Costa, 75 anos, integrante da Velha Guarda. Nesta sexta-feira, o clima na cidade era de “fé no futuro”, expressão estampada na parede da quadra da tricolor de Belford Roxo. Integrantes da escola não desgrudam do noticiário sobre a polêmica. Desde meados do ano passado, comentava-se na Internet que a Inocentes seria a campeã. “A gente sabe que é despeito, dor de cotovelo de quem ficou para trás”, reagiu Gabriel Melo, 20, passista e morador em Nova Iguaçu Iguaçu. 
“É chororô de perdedor e isso me deixa muito triste. Espero que não tome na mão grande o título que levamos anos para conquistar”, fez coro a diretora do Departamento Feminino da Inocentes, Margarida Pereira da Costa.  
Reunião vai definir as novas regras. Segunda, as escolas do Grupo A discutirão com a Riotur, a organização do Carnaval nos grupos de Acesso. “Se descumpriram o contrato, o mais certo é que o resultado seja anulado”, finalizou Gusttavo Clarão, presidente da Viradouro. A apuração no Acesso sempre foi cheia de problemas. Em 2002, a a Vila Isabel ganhou, mas não levou o título no Grupo A. Mesmo após confirmação de erro de contagem de notas, foi a Acadêmicos de Santa Cruz que subiu. Em 2011, um jurado escreveu as notas de outro. O caso virou inquérito na 6ª DP (Cidade Nova).

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1 Comentários

  1. na a ver se a escola e da baixada ou nao tem que ser apulado a inocentes estava feia o enredo confuso

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