Barcas vão sair na parte de trás do Hospital Municipal Moacyr do Carmo Foto: Divulgação |
DUQUE DE CAXIAS - A licitação que será feita em até três meses para escolher nova concessionária que administrará o serviço de barcas no estado não obriga a futura vencedora a tirar novos trajetos do papel. O edital prevê que a empresa estude, em um ano, a viabilidade técnica e financeira das linhas que ligariam a Praça XV à Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; São Gonçalo, na Região Metropolitana; e ao aeroporto Santos Dummont, no Centro do Rio.
A partir desse estudo, segundo a Secretaria estadual de Transportes, o poder público vai decidir se as novas linhas serão implantadas ou não. A concessionária tem até um ano depois de assumir o serviço para apresentar esses levantamentos.
A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio) aprovou, na última quarta-feira, a criação da nova linha. Com a anulação do contrato com a CCR Barcas — porque a concessionária não quer mais operar o serviço —, a Secretaria estadual de Transporte afirma que uma nova licitação para o sistema aquaviário do Rio já está em andamento. “De acordo com o novo modelo de operação, a empresa vencedora deverá operar, pelo prazo de 20 anos, o serviço de transporte aquaviário na Baía de Guanabara e na Baía de Ilha Grande”.
A CCR Barcas afirmou que “não tem interesse em participação de nova licitação”.
Estações seriam construídas pela concessionária Foto: Divulgação. |
A Prefeitura de Caxias já começou as obras de acesso para a instalação da estação das barcas, com o alargamento da Rua Almirante Greenfall. Ela terá 500m de comprimento por 300m de largura, com quatro berços de atracação. O local ficará nos fundos do Parque Gráfico da Infoglobo e do Hospital Municipal Moacyr do Carmo.
Bilhete de integração
A ideia da Prefeitura de Duque de Caxias é construir na região um estacionamento para que motoristas deixem seus carros no local. Ao pagar pela permanência do veículo, o cidadão terá direito ao bilhete das barcas.
— Também teremos um terminal rodoviário para ônibus de diversas cidades da Baixada e da Região Serrana. São mais de 6 milhões de pessoas que vivem nessas regiões — contou João Carlos Grilo Carletti, secretário de Obras de Caxias.
VALOR
A concessionária vencedora da licitação deverá investir cerca de R$ 300 milhões para tirar do papel a estação das barcas de Caxias. “Toda iniciativa de transporte aquaviário é bem-vinda. Ainda bem que esse projeto sairá do papel, mas vamos fiscalizar”, afirma Vicente Loureiro, diretor-executivo da Câmara Metropolitana.
VIABILIDADE
Todo o estudo para a implementação do serviço das barcas foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). Uma das premissas é a de que seja formado um canal com 6m de profundidade e 100m de largura para o acesso aquaviário ao futuro terminal.
O PROJETO
Desde meados de 2014, discutia-se a instalação das barcas em Caxias, para um serviço operado pela Baía de Guanabara. Um projeto do deputado estadual Dica, que é da cidade, já tinha sido aprovado em todas as comissões da Alerj.
Fonte: Bruno Alfano/EXTRA
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