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RIO BOTAS: NOVA ENCHENTE ATINGE BAIRROS SANTA MARIA E BABI EM BELFORD ROXO NESTA QUARTA 21/02

Reprodução Reportagem do RJTV Edição 22/02/2024
Rio Botas transborda pelo segundo mês seguido e causa alagamento de bairros inteiros na Baixada Fluminense

No mês passado, o temporal que transbordou o rio fez com que o nível da água na região chegasse a quase dois metros. Em alguns lugares, só foi possível se locomover de barco, assim como nesta quinta-feira

BELFORD ROXO - O temporal da noite de quarta-feira provocou alagamentos, deslizamentos e três mortes no estado do Rio de Janeiro. Na Baixada Fluminense, as enchentes tornaram-se um problema histórico, e os moradores do entorno do Rio Botas — que corta cidades como Nova Iguaçu e Belford Roxo — são os mais afetados. O transbordamento no rio não é novidade para quem vive na região, mas continua causando tragédias e alagando bairros inteiros. Na noite desta quarta-feira, o auxiliar de logística Marcos Vinicius de Souza Vasconcelos, de 20 anos, ajudou a salvar uma mãe e dois bebês, irmãs gêmeas, de apenas 1 ano, em um veículo prestes a ser levado pela correnteza.

Em Nova Iguaçu, há 202 pessoas desalojadas. Foram registrados 140mm de índice pluviométrico em um intervalo de três horas, o que representa 116% da média histórica do mês de fevereiro, que é de 119,8 mm, em diversos pontos do município de Belford Roxo no início da tarde desta quinta (22). Mais de 12h após as chuvas, os alagamentos ainda podiam ser observados em diversos bairros da região.

 

As enchentes acontecem com tanta frequência quando chove, que moradores do Condomínio Babi, no bairro Babi, têm um barco próprio para o deslocamento dos moradores quando o condomínio é tomado pela água.

“Começou a chover umas 10 horas (22h). Fui dormir. Quando umas 4 e pouca e olhei na janela os moradores pedindo ajuda e eu tive que descer”, diz um morador do condomínio que ajuda os vizinhos conduzindo o barco.

O Condomínio Babi tem 35 blocos e mais de 700 apartamentos. As portarias dos prédios ficam totalmente alagadas. Os carros que estavam no estacionamento do local ficam dentro d’água.

O morador Nilton teve que se mudar do andar térreo de um dos prédios para não perder mais móveis nas enchentes. "Eu moro no quarto andar. Mas já tive perdas. Há dois anos eu morava no primeiro", disse o Nilton.

Vista aérea do Rio Botas, Ponte da Av. Estrela Branca bairro Santa Maria em Belford Roxo
Foto: Reprodução
Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) do município informou está percorrendo os bairros no entorno do Rio Botas, como Austin, Comendador Soares, Jardim Alvorada, Mangueira, entre outros, atendendo a população. Além disso, a SEMAS disponibilizou um canal de comunicação que funciona 24h para atender a demanda de moradores de outras regiões, que podem entrar em contato pelo número (21) 99706-8443 via WhatApp

No mês passado, o temporal que transbordou o rio fez com que o nível da água nos bairros do entorno chegasse a quase dois metros. Em alguns lugares, só foi possível se locomover de barco. Na época, 12 pessoas morreram em razão das chuvas em toda a região metropolitana do Rio, cerca de 9 mil ficaram alojadas e 300, desabrigadas, segundo o Governo do Estado.

Com a repercussão da tragedia, houve uma reunião entre representantes estaduais, federais e das prefeituras para discutir ações emergenciais para lidar com os impactos das chuvas, inclusive com a previsão de obras para o Rio Botas. O estado informou que o projeto previa obras de controle de inundação e recuperação ambiental.

REPORTAGEM DA PREFEITURA DE BELFORD  ROXO
 

Na ocasião, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, chegou a fazer críticas ao governo estadual, afirmando que a falta de investimentos no Outeiro e Rio Botas foi determinante para o agravamento da tragédia de janeiro.

Em nota, o Governo do Estado informou que cadastrou o Projeto Iguaçu no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que o governador Cláudio Castro se reuniu, em Brasília, com o ministro das cidades, Jader Filho, e com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no ínicio do mês "para acelerar obras de prevenção a desastres naturais, com foco no projeto voltado à recuperação ambiental das bacias dos rios Iguaçu-Botas e Sarapuí."

O governo diz que está em tratativas com o Ministério das Cidades com o objetivo de obter recursos para financiamento das obras que estão orçadas em, aproximadamente, R$ 730 milhões. A proposta já se encontra com o Governo Federal e aguarda aprovação. Eles também afirmam que estão investindo mais de R$ 4 bilhões em obras para prevenção a desastres, como intervenções de macrodrenagem, contenção de encostas e limpezas de rios em todo o estado.


Fonte:O GLOBO/ G1/PMBR - EDITADO

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