Máquinas já começaram limpeza da área Foto: Cléber Júnior / Extra |
O Secretário Flávio Gonçalves admitiu impacto ambiental Foto: Cléber Júnior / Extra |
BELFORD ROXO - Alvo de polêmica no início deste ano, o terreno onde a Prefeitura de Belford Roxo despejava lixo sem tratamento no bairro Recantus começou a ser limpo na última semana. Para a missão, a administração contratou a empresa Carfilub Transporte e Logística Ltda. por um pouco mais de R$ 350 mil.
A medida faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que está sendo feito entre a prefeitura e o Inea. Posteriormente, o acordo será repassado para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
— Contratamos essa empresa para que em 30 dias limpe toda essa área. Nós acreditamos que mais uma semana e tudo isso aqui estará limpo — promete Luis Carlos Ferreira Correia, secretário municipal de serviços públicos.
Terreno recebeu cerca de dez mil toneladas de lixo nos três primeiros meses do ano Foto: Cléber Júnior / Extra
A estimativa é de que sejam retirados do local de 8 mil a 10 mil toneladas de resíduos. Foi por causa do despejo no lixão que o prefeito Waguinho e três secretários foram denunciados pelo MP por crime ambiental.
O Secretário de Serviços Públicos Luis Carlos também foi denunciado ao MP Foto: Cléber Júnior / Extra |
O secretário de Meio Ambiente de Belford Roxo, Flávio Gonçalves, que também foi denunciado, admitiu que o impacto na área foi grande.
— Você não pode dizer que houve crime ambiental só por causa de imagens. É preciso um estudo de solo, da fauna e da flora. Uma ação dessas gera impacto. Mas o impacto seria muito maior se o lixo ficasse nas ruas — afirma Flávio.
ENTENDA MELHOR
INEA
Por causa do flagrante desrespeito às normas ambientais, o Instituto do Ambiente ordenou a interdição da área em março. O órgão só desinterditou o local na semana passada, autorizando sua limpeza.
DENÚNCIA
Em junho, o MP denunciou o prefeito Waguinho e três secretários (Flávio Gonçalves, do Meio Ambiente; Marcio Correia de Oliveira, da Casa Civil; e Luis Carlos Ferreira Correia, de Serviços Públicos) por crime ambiental. Eles são acusados de causar poluição pela disposição ilícita de resíduos no chamado “Lixão do Babi”.
JUSTIÇA
A denúncia foi remetida ao Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), em virtude do foro privilegiado do prefeito. Os denunciados estão sujeitos a penas que podem chegar a sete anos de prisão, além de reparos aos danos ambientais. A denúncia ainda não foi julgada.
POLÊMICA
A confusão envolvendo o lixo de Belford Roxo começou após a empresa Bob Ambiental se recusar a receber os caminhões de lixo da cidade por causa de uma dívida de mais de R$ 3 milhões. Com isso, as ruas do município ficaram tomadas de lixo.
EMERGENCIAL
A prefeitura assinou dois contratos emergenciais com a Força Ambiental para a coleta dos resíduos. O segundo, assinado em julho, foi no valor de quase R$ 7 milhões.
Fonte: Igor Ricardo/EXTRA
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