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Municípios da Baixada Fluminense tentam driblar crise financeira. Para economizar, prefeitos cortam salários , fecham secretarias e reduzem custos administrativos.

A crise econômica atingiu as prefeituras da Baixada Fluminense e fez alguns municípios diminuírem os investimentos e os serviços. Para driblar a crise os municípios estão economizando como podem.

Em Mesquita, o orçamento que em 2014 era de R$ 270 milhões, em 2015, subiu para cerca R$ 302 milhões. Mesmo assim, os gastos com funcionários foram reduzidos em quase 50% em relação a 2014. O número de secretarias caiu de 21 para 12.

A prefeitura informou que encerrou contratos com uma prestadora de serviço responsável pela limpeza das ruas em função do corte de despesas. O serviço passou a ser feito por funcionários da Secretaria de Urbanismo, Obras e Serviços Públicos.

Em Itaguaí, a crise financeira e o escândalo envolvendo o ex-prefeito Luciano Mota fizeram com que o município enfrentasse dificuldades em 2015. A atual gestão teve que cortar gastos e reduziu o número de 9.324 funcionários para 8.501.

Duque de Caxias adotou medidas para reduzir o impacto da crise. O salário do prefeito Alexandre Cardoso foi reduzido em 35%, e em 10% os salários do vice-prefeito e secretários. A expectativa é economizar mensalmente cerca de R$ 4 milhões. Um funcionário que não quis se identificar com medo de represálias afirmou que teve o salário reduzido. “Meu salário foi reduzido e está fazendo muita falta no fim do mês, o povo sempre paga”, reclamou.

Apesar da crise,o orçamento de Japeri é de R$ 233 milhões, cerca de R$ 64 milhões a mais que em 2014. O município aumentou o número de funcionários de 2.584 para 2.862. A prefeitura garante que os gastos estão dentro do limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Belford Roxo também aumentou o orçamento de R$ 637 milhões para R$ 680 milhões. O município já gastou 52,66% da receita e precisará segurar os gastos para não ultrapassar o limite estabelecido na lei que é de 54%.

Para a especialista Cassia Perez, a população é quem mais sofre. “No final, com esta crise, a população é vítima, porque as cidades passam a viver em uma situação caótica e nós acabamos tendo maus serviços de saúde, de segurança, de vigilância. É necessário que haja mais planejamento e reservas para eventuais crises”, explica.
Fonte: O Dia

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