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Rio terá nova greve de ônibus a partir da meia-noite, por 24 horas. Em Belford Roxo as coisas parecem normal.

Rodoviários dissidentes do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Urbano do Rio de Janeiro (Sintraturb) decidiram, em assembleia na noite desta terça-feira (27 de maio), entrar em greve por 24 horas. A paralisação começa à 0h desta quarta (28). A categoria decidiu acatar a determinação da Justiça de colocar 30% da frota na rua. Uma nova assembleia acontecerá na sexta-feira (30). A Prefeitura e concessionárias de transportes vão colocar em prática um plano de contingência.

Uma passeata fechou a pista central da Avenida Presidente Vargas, no sentido Praça da Bandeira, por volta das 18h20. Às 19h30, o grupo se concentrou na Central do Brasil e a Presidente Vargas foi liberada.

Segundo a liderança do movimento de greve, não houve avanço nas negociações com as empresas de ônibus. A primeira decisão da assembleia foi de parar por 48 horas, mas minutos depois, em nova votação, a maioria optou por cruzar os braços por 24 horas.

Em Belford Roxo as coisas estavam normais pela manhã e os
engarrafamentos de sempre.
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de coletivas, diz que pedirá na Justiça a suspensão da greve e que considera uma "afronta" a proposta "organizada por um grupo dissidente de 150 rodoviários, que, desrespeitando decisões judiciais e recorrendo à violência, poderá novamente interromper um serviço essencial à população, causando grandes prejuízos". 

Entenda o impasse
Os dissidentes rejeitam o acordo firmado em março entre o Sintraturb e o Rio Ônibus, que estabeleceu aumento de 10% no salário retroativo a abril e o salário-base do motorista passou para cerca de R$ 1.950. Os rodoviários dissidentes pedem aumento de 40% — passariam a receber quase R$ 2,5 mil – e cesta básica de R$ 400 – era de R$ 100 e subiu para R$ 140. Outra reivindicação é o fim da dupla função, onde motoristas também trabalham como trocadores. Segundo eles, o sindicato não consultou a categoria ao aceitar o acordo com as empresas.

O sindicato diz que o acordo foi aprovado legalmente. "O sindicato fez uma assembleia do dia 11 de março, em dois turnos no Guadalupe Country Clube, na Avenida Brasil, e um grupo de trabalhadores colocou uma proposta de R$ 2,5 mil e R$ 400 de ticket, que foi reprovada pela própria assembleia, que aprovou salário de R$ 2,2 mil, que depois foi negociado. Chegamos aos 10% de aumento e 40% da cesta básica", explicou o presidente do sindicato, José Carlos Sacramento.

O presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, disse que o acordo foi o maior aumento da categoria no país e descarta nova negociação. "É um acordo feito, definido e pago. Não há margem [para discussão]", disse o representante.
Fonte: G1

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