Na delegacia de Belford Roxo tem de tudo: portas de vidros com defeito, rachaduras nas paredes, assentos rasgados e até bebedouro interditado Foto: Agência O Dia |
Construídas há 13 anos para oferecer conforto a policiais civis e ao público, as Delegacias Legais da Baixada Fluminense já estão sucateadas. Há rachaduras e infiltrações nas paredes, bebedouros quebrados e portas de vidro danificadas. A 54ª DP (Belford Roxo), (Comendador Soares) e a 58ª DP (Posse), ambas em Nova Iguaçu, são as que estão em pior estado de conservação.
A delegacia de Belford Roxo é a mais problemática. Além disso, as paredes estão rachadas e os assentos sem encosto. Na entrada da unidade, há logo um aviso:porta com defeito. Quem precisa fazer registro de ocorrência reclama do desconforto. “O bebedouro está quebrado e foi interditado. Ficamos com sede. A delegacia está abandonada”, denuncia um comerciante que preferiu não se identificar.
Também são muitas as reclamações na unidade policial em Comendador Soares. Com freqüência, cachorros dormem na recepção, onde também há assentos com os estofados rasgados. Num balcão ao lado dos telefones públicos , policiais colaram um papel para evitar acidentes na própria delegacia: ‘Perigo. Não encostar na pedra. Ela está se soltando’.
Na Posse, ladrilhos da fachada do prédio estão se soltando e ameaçam atingir quem passa pela calçada. Em alguns dias, por falta de assentos, boa parte do público fica do lado de fora aguardando para fazer um simples registro.
Sobre o péssimo estado das unidades, a assessoria do Programa Delegacia Legal informou que “a Secretaria de Estado de Obras adotará todos os procedimentos para a manutenção geral dos ambientes e dos sistemas estruturais dos prédios.”
A Baixada deve ganhar ainda este ano mais sete delegacias legais. Ao todo são 19 — quatro delas Delegacias de Atendimento a Mulher (DEAM). Em março foi inaugurada a 51ª DP (Paracambi) e em julho será a vez da 48ª DP (Seropédica). Está em fase de licitação a 60ª DP (Campos Elíseos) e já começaram as obras da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em fevereiro.
Fonte: O Dia/DIEGO VALDEVINO
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