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Sem marcação, contas de luz sobem em Belford Roxo.

Medidores não foram verificados, e light calculou valor pela média pelo consumo.
Os moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, levaram um susto ao receberem a conta de luz deste mês. A fatura veio mais alta do que o normal, porque não foi feita a medição dos relógios que registram o consumo. Com isso, a Light calculou o valor a pagar pelo gasto médio de energia nos últimos 12 meses.

O comerciante Lealdo de França, de 49 anos, foi um dos prejudicados. Ele tem um salão de beleza no bairro Santa Amélia e viu sua conta subir de R$ 202,73, em fevereiro, para R$ 271,04, em março (aumento de 33,7%):

- Ainda ficamos cinco dias fechados por causa do carnaval. A conta veio alta demais.

A irmã de Lealdo, Leonice de França, de 38 anos, tem uma loja de bolos ao lado do salão dele e teve um aumento ainda maior na conta, que passou de R$ 106,21 em fevereiro para R$ 240,97, este mês - uma alta de 126%.

A Light informou que houve uma “impossibilidade na realização da leitura”, e que o cálculo da conta pelo consumo nos últimos 12 meses é previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O advogado José Roberto de Oliveira, presidente da Associação Nacional de Assistência ao Consumidor e Trabalhador (Anacont), disse que o cliente pode pedir, na Light ou na Justiça, uma nova verificação do relógio, para chegar a um valor mais próximo do consumo real.

- O Código de Defesa do Consumidor determina que as concessionárias têm que prestar um serviço eficiente, e a Light não fez isso - afirmou.

Os clientes podem esclarecer dúvidas sobre as contas e o parcelamento das cobranças pelo telefone 0800-282-0120, pelo site www.light.com.br ou numa loja da concessionária.

Empresa vai mal de ranking
A Light ficou na 34ªposição, entre 35 concessionárias de energia elétrica consideradas de grande porte, no ranking de qualidade do serviço divulgado, ontem, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os dados dizem respeito a 2013. Apenas a Companhia Energética de Goiás ficou atrás da Light.

O ranking considera a quantidade média de horas que o consumidor ficou sem energia no ano e o número médio de vezes em que o fornecimento foi interrompido no período. 

Em nota, a Light explicou que as perdas de energia, os chamados gatos, sobrecarregam o sistema e provocam interrupções recorrentes no sistema. Segundo a empresa, também é preciso levar em conta as dificuldades de acesso em áreas consideradas de risco.
Fonte: Jornal Extra
Por Djalma Oliveira

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