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Saída na campanha será prometer melhorar UPP. Sem poder interromper projeto, adversários de Pezão dizem como fariam diferente.

Pezão entra em campo com o cacife de ser o aliado de Cabral e de Beltrame, os ‘pais’
oficiais das UPPsFoto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Com as UPPs, o governador Sérgio Cabral colocou os adversários do vice-governador Luiz Fernando Pezão numa sinuca de bico. Ninguém com um mínimo de juízo tem coragem de atacar o projeto, que, justiça seja feita, melhorou a vida de muitos eleitores das comunidades pacificadas. Mas a turma do contra também não pode só elogiar porque, afinal de contas, se o projeto fosse perfeito, para que trocar de comando no estado, certo?

O DIA perguntou aos sete políticos que já se apresentam como pré-candidatos ao governo do estado ano que vem se manterão as UPPs se forem eleitos.

Pezão não inventa, nem surpreende, dizendo: “Não só manterei como ampliarei.” Todos os outros, naturalmente, afirmam que vão manter, mas prometem modificar aspectos que consideram pontos frágeis do projeto.

O deputado federal e ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR), em entrevista no início do mês afirmou que o modelo de Cabral “exporta bandido para outros estados e outras regiões do estado”.

O vereador e ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) afirma que manterá e garante que, na “campanha de 1998” (quando perdeu o governo para Garotinho) propôs “exatamente a mesma coisa”, mas com “outra dinâmica, articulando o que se chama UPP com policiamento ostensivo na mesma área”. 

O senador e ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindbergh Farias (PT) e o senador licenciado e ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), têm a mesma opinião: para eles, as UPPs não podem se concentrar numa única região.

Mais serviços e auditoria
Outros dois deputados federais também estão na disputa pelo governo do estado em 2014. Miro Teixeira (que acabou de trocar o PDT de Leonel Brizola pelo novíssimo Pros) e Jandira Feghali (PCdoB).

Miro lembra que a UPP não “resolveu” todos os problemas da favela, mas admite “melhorou” a vida de quem não dormia com tiroteios entre quadrilhas. E acha que as favelas precisam ser tratadas como bairros para que, por exemplo, tanto os carros de serviços quanto os de polícia possam circular.

Jandira faria, assim que assumisse, uma “auditoria” nas comunidades já pacificadas para identificar “se há problemas como a corrupção do agente policial”. Também promete “voltar a pensar o projeto como estado inteiro e não somente a capital” para evitar a “fuga de bandidos para a Região Metropolitana e Baixada Fluminense”.

Garotinho: “Voltaria com todos os programas sociais, que ele (Cabral) acabou. Faríamos uma ocupação precedida de prisão dos criminosos”

Lindbergh: “Com a concentração de UPPs na Z. Sul e na área central, houve a migração do crime para a Baixada, onde a violência não para de crescer”

Crivella: “A UPP vai para a Z. Oeste, Baixada, Niterói, São Gonçalo, e vamos unir à UPP a creche e a assistência social. Entra o Estado, sai o tráfico”

Jandira Feghali: "É preciso fazer a integração de outras pastas na execução de políticas públicas temáticas, como Cultura, Educação, Esporte e Direitos Humanos”

Miro Teixeira: "O Papa disse que não se pacifica com armas. Pacifica com a presença do Estado. É isso que está faltando. Eu caminho primeiro para o arruamento”

Cesar Maia: “Hoje os problemas enfrentados pelas UPPs são produto de ocupação sem estratégia. Mas devem continuar”
Fonte: O Dia

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