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Homem é preso por participar de fraude do seguro DPVAT |
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
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Policiais civis e funcionários de escritório de advocacia foram presos.
Prisões fazem parte de operação contra fraude de perícia médica.
A polícia prendeu nesta quinta-feira (4) 17 integrantes de uma quadrilha que fraudava o DPVAT, o seguro pago às vítimas de acidente de trânsito no licenciamento anual. Entre os presos estão policiais civis e funcionários de um escritório de advocacia, como mostrou o RJTV.
As prisões fazem parte da Operação Assepsia, que visa cumprir 23 mandados de prisão preventiva contra envolvidos em fraudes em exames de perícia médica para o recebimento do seguro DPVAT, já havia prendido 15 pessoas, pelo menos oito policiais civis, até as 11h desta quinta-feira (4).
A operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a Corregedoria Interna da Polícia Civil.
As imagens da reportagem mostram o momento em que os policiais cumprem mandados de busca e apreensão no escritório de advocacia usado pela quadrilha. Vinte e três pessoas são acusadas de fraudar o seguro.
De acordo com o Ministério Público do Rio, sete policiais da delegacia de Duque de Caxias falsificavam guias de encaminhamento para a vítima realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. No local, os médicos legistas da quadrilha também falsificavam o laudo da perícia. O documento da fraude indicava sequelas permanentes, que não existiam.
E o escritório de advocacia da quadrilha, a Mendonça & Silva Advogados Associados, dava entrada no processo. Segundo as investigações, os criminosos conseguiam até o valor integral do seguro por invalidez, que pode chegar a R$13.500. A quadrilha ficava com pelo menos 30% do valor da indenização.
De acordo com a polícia, a quadrilha desviou mais de R$7 milhões. Os policiais: Roberto Gomes Santana,Jose Nunes da Silva Neto, Gesiel Mendonça Aragão, Jose Edson Teixeira Alves e Maria Helena Gomes Dantas são lotados na delegacia de Duque de Caxias.Também foram presos o inspetor Uriel Nobre da Silva Filho, da 110ª DP (Teresópolis), os peritos do IML José Henrique Dias da Silva e Paulo Roberto Calzavara Cazarin e a chefe adminsitrativa do Instituto Médico Legal de Caxias, Sandra Regina Cardoso Braga. Segundo as investigações, ela é a chefe da quadrilha.
Do escritório de advocacia foram presos: Alexandre Luiz Braga Salgado, Marcelo Correa Carneiro, Charles Rubim de Souza, Leandro Rodrigues Mendonça, Marcelo Pinheiro Ramos e Hamilton Gomes da Cunha. Edilson Fagundes Costa, guarda municipal de Mesquita, e Everton Rubim Lins também foram presos.
Na delegacia, todos os acusados informaram que só vão se defender em juízo. O escritório de advocacia foi procurado pela produção do jornal, mas ninguém quis comentar o caso. A seguradora líder, responsável por pagar o seguro, disse que adota procedimentos para evitar pagamentos indevidos, e que avisa a polícia sobre casos suspeitos.
Fonte: G1
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