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Movimentos sociais planejam manifestação na reinauguração do Maracanã neste sábado 27.

Movimentos sociais contrários à administração do governador Sérgio Cabral (PMDB) prometem usar a cerimônia de reinauguração do estádio do Maracanã, prevista para este sábado, às 19 horas, para protestar contra o impacto das obras da Copa do Mundo na cidade.

Uma série de manifestações foi convocada no entorno do estádio na mesma hora em que o Maracanã será reinaugurado com a presença da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Cabral e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). Durante o evento, estão previstos shows e uma partida comemorativa de atletas consagrados como Ronaldo, Nazário e Bebeto.

O Comitê Popular Rio Copa & Olimpíadas, um dos movimentos que protestam contra as obras convoca uma manifestação em frente à estátua do Bellini, no entorno do estádio. De acordo com os organizadores, o objetivo do ato, marcado para as 17 horas, é protestar contra a demolição da Escola Municipal Friedenreich, vizinha ao estádio, do parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros, atualmente parte do complexo esportivo do Maracanã. Os manifestantes são contrários ainda à licitação do Maracanã, vista com ressalvas eplo Ministério Público Estadual. A manifestação terá a participação de pais e alunos da escola Friedenreich.

Ao lado do estádio, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), foi marcado um encontro da rede de Comunidades de Resistência Impactadas da Região Metropolitana do Rio que deve reunir manifestantes contrários às remoções de favelas para dar lugar às obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. A expectativa é que as manifestações se encontrem no entorno do estádio durante a festa de inauguração do Maracanã.

Recentemente, o entorno do estádio, em obras desde 2010 para receber a Copa do Mundo, foi palco de manifestações contra a desocupação do prédio do antigo Museu do Índio. No dia 25 de março, índios da ocupação conhecida como aldeia Maracanã foram retirados do imóvel por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A ação gerou críticas da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal e de organizações de defesa dos direitos humanos. No prédio, que inicialmente seria demolido para ampliar o acesso ao estádio, será instalado o Museu Olímpico.
Fonte: (Guilherme Serodio | Valor)

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