Luís Henrique Ferreira de Melo, o "Angolano” (à esquerda); e Anderson da Silva Verdan, o "Bamba" Divulgação |
A telefonista Priscila de Barros Firmino, de 27 anos, mãe da menina Geovanna Vitória de Barros Firmino, de 1 ano, que morreu baleada, afirmou nesta sexta-feira que ficou mais aliviada depois que a polícia identificou os suspeitos de terem matado a menina. Ela disse ainda acreditar que a justiça será feita.
— Principalmente, a de Deus. O castigo deles está na mão do Senhor Jesus. Entrego a vida deles a Deus porque Ele saberá o que fazer — contou, afirmado que na madrugada desta sexta-feira, sonhou com a filha:
— Foi um sonho muito lindo. Eu falei para ela: "Vem cá com a mamãe". Ela veio, segurou no meu dedo como sempre fazia e saímos correndo juntas. Quando acordei, meu peito estava vazando leite. Fiquei feliz porque ela parecia feliz.
Priscila e o marido, Adenildo Firmino, participam nesta sexta-feira de um ato de repúdio à morte de Geovanna feito pela ONG Rio de Paz. A manifestação acontece na Rua Nunes Sampaio, no bairro Parque Palmeiras, em Belford Roxo, onde a menina foi baleada.
Desde o início da manhã, policiais da 54ª DP (Belford Roxo) realizam uma operação na comunidade Gogó da Ema, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para prender dois suspeitos envolvidos na morte da menina. A ação conta com apoio de cem agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), 52ª DP (Nova Iguaçu), 58ª DP (Posse), 59ª DP (Duque de Caxias), 60ª DP (Campos Elíseos) e 64ª DP (São João de Meriti).
O crime aconteceu no último dia 18 durante uma tentativa de assalto, no bairro Parque das Palmeiras, no mesmo município, quando bandidos atiraram contra o carro dirigido pela mãe da menina, Priscila Firmino de Barros.
De acordo com o delegado titular 59ª DP, Felipe Curi, no dia seguinte ao crime, os policiais identificaram e recuperaram o Vectra Preto usado pelos criminosos na tentativa de assalto, na Rua das Crianças, em Jardim Redentor, uma das ruas de acesso à comunidade Gogó da Ema. O veículo foi periciado pelo Instituto Carlos Éboli (ICCE) e Félix Pacheco (IFP).
Ainda segundo o delegado, durante todo o fim de semana os agentes foram às ruas em busca de informações sobre os assassinos. Após um trabalho de inteligência e cruzamento com informações do banco de dados da Polícia, os policiais identificaram Luís Henrique Ferreira de Melo, o “Angolano”, e Anderson da Silva Verdan, o “Bamba” como os autores dos disparos.
As informações recebidas pelo Disque-Denúncia e repassadas à 54ª DP ajudaram na identificação dos suspeitos, que não tiveram os nomes revelados anteriormente para não prejudicar as investigações.
O delegado informou que “Angolano” foi quem efetuou o tiro que atingiu a criança. Ele foi reconhecido pela mãe da vítima. Já o “Bamba” foi identificado por outras duas pessoas que tiveram o veículo roubado logo em seguida ao homicídio.
Os dois bandidos atuam nos Morros da Pedreira, Quitanda e Lagartixa, em Costa Barros e, desde outubro de 2012, assumiram o controle do tráfico de drogas na comunidade Gogó da Ema. Eles têm anotações criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubos e homicídios. Os dois estão com a prisão decretada pela Justiça. Fonte: O Globo/G1
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