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Polícia Federal já se movimenta contra "Compra de Votos".

A Polícia Federal vai contribuir para a intensificação do combate ao esquema de compra de votos na Baixada Fluminense, apelidado de “boca de urna”. A PF já recebeu várias denúncias de que candidatos a vereador - em dobradinha com candidatos a prefeito mal colocados nas pesquisas de intenção de votos - já estariam com o esquema montado, inclusive com seus colaboradores, as chamadas “lideranças”, recolhendo cópias de títulos de eleitor, formando uma espécie de cadastro de “fornecedores” de voto, um “negócio” que mancha a democracia, movimenta altas somas em dinheiro vivo e transforma em criminoso o cidadão que deveria votar conscientemente, escolhendo seu candidato pelo compromisso com a comunidade e não em troca de alguns reais.

Os municípios com maior volume de denúncias são Magé, Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias, Queimados, Seropédica e Itaguaí, onde o preço do voto costuma variar entre R$ 30 e R$ 50. No caso de Magé as localidades mais visadas são Mauá, Surui, Piabetá, Fragoso e Raiz da Serra, nas quais as “lideranças” de candidatos deverão ser monitoradas, para que o crime possa ser coibido. A distribuição de dinheiro em troca de votos, além de ser uma atividade criminosa, afeta diretamente o eleitor, pois esse, ao votar em determinado candidato em troca de dinheiro, perde o direito de fiscalizar o trabalho do seu eleito, pois nada poderá cobrar do seu candidato, uma vez que o mau político já lhe pagou pelo voto e não lhe deve mais nada, nem satisfação.

A orientação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Zveiter, é prender tanto quem compra como quem vende o voto. De acordo com as denúncias recebidas até agora, tem candidato preparado para gastar até R$ 90 mil no dia da eleição. Essa prática criminosa, muito comum no estado do Rio de Janeiro, não é verificada apenas na regiião da Baixada Fluminense. Acontece em bairros da Zona Oeste do Rio e em cidades do interior. Em Macaé, por exemplo, segundo estimativas feitas para eleições anteriores, a compra e venda de votos já chegou a movimentar R$ 5 milhões em dias de pleito eleitoral.
Fonte: Elizeu Pires.

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