No Rio, Dilma sempre se encontra com Cabral e Pezão |
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
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Vice-governador confirma que o chefe vai deixar o cargo no início do ano da sucessão
Rio - O governador Sérgio Cabral planeja iniciar 2014 — o ano de sua sucessão — como ministro da presidenta Dilma Rousseff. O vice-governador Luiz Fernando Pezão, que vai assumir o cargo, garantiu ontem ao DIA que o convite a Cabral já foi feito por Dilma.
“Numa conversa recente com a Dilma, o governador lançou essa ideia de querer sair e ela disse: ‘Quero muito que você trabalhe comigo, faço questão’”, contou Pezão, pré-candidato a governador pelo PMDB. A data da saída de Cabral e a pasta que ele assumirá ainda serão definidas. Mas a maior probabilidade é que o governador assuma Minas e Energia em função da produção de petróleo do estado.
“Há muita coisa para passar por baixo da ponte. Ainda temos as eleições de agora. Isso é só para 2014. A única coisa certa é que a presidenta insistiu para que o governador trabalhe com ela. Falou com ele: ‘Se você deixar o governo, pense nisso com muito carinho’”, disse Pezão.
A intenção de Cabral de deixar o governo foi antecipada pelo ‘Informe do DIA’ em 26 de junho. A desincompatibilização é uma manobra para que Pezão, no cargo de governador, tenha exposição suficiente para ficar credenciado a ser o candidato de Cabral. Se for eleito governador, Pezão não poderia concorrer novamente em 2018, o que agrada ao PMDB: neste caso, o partido poderia lançar o prefeito Eduardo Paes.
A ida de Pezão para o governo ainda viabilizaria, em 2014, a candidatura de Cabral ao Senado ou à vaga de vice numa eventual chapa com Dilma — ou mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também ajudaria a carreira política de Marco Antônio Cabral, filho do governador, que já entrou de cabeça nas campanhas municipais pelo estado e deve ser candidato a deputado federal. Com o pai no comando do estado, ele não pode concorrer.
Fonte: O Dia
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