DUQUE DE CAXIAS - Moradores de cinco condomínios da Rua Lauro Sodré, no Jardim Pantanal, se sentem reféns. Além da "taxa" pela água de R$ 200, os criminosos cobram R$ 150 de "condomínio" de cada apartamento.
Criminosos que controlam o tráfico de drogas no bairro no Jardim Pantanal, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, decidiram contar a água de cerca de 2 mil pessoas que moram em condomínios da Rua Lauro Sodré.
Segundo denúncias recebidas pelo RJ2, os traficantes exigem o pagamento de R$ 200 por cada apartamento dos cinco condomínios afetados para religar o abastecimento de água na região.
Os moradores agora estão precisando buscar água de outras fontes para suas necessidades básicas.
Barricadas e falta de segurança
Os moradores também contam que já denunciaram os traficantes ao Disque Denúncia e ao batalhão da PM responsável pela área. Contudo, segundo ele, nada aconteceu.
É comum ver nas ruas do bairro barricadas e inscrições nos muros com as iniciais da facção criminosa que dá as ordens no território, o Terceiro Comando Puro (TCP).
A equipe do RJ2 encontrou viaturas em frente às ruas com barricadas.
As autoridades estão presentes aqui, mas é como se não tivesse. Estão aqui só de fachada. Tem várias viaturas posicionadas, mas são viaturas que ficam paradas e não fazem nada", reclamou outro morador.
Os moradores, oprimidos, dizem que temem ser identificados como autores das denúncias, porque as ameaças dos traficantes vão desde a expulsão de casa até mesmo a morte.
Para muitos, o desespero de se ver refém do crime organizado é maior do que o medo de denunciar.
"A gente fica numa situação que a gente fica com medo. Sendo que a gente não pode deixar que esse medo tome conta. A gente tem que falar o que a gente ta passando. Se não, é daí pra pior", argumentou outro morador.
O que dizem os citados
Em nota, a Polícia Militar informou que trabalha em parceria com a delegacia da região para identificar e prender os bandidos do bairro Jardim Pantanal e que vai reforçar o patrulhamento na região.
A corporação disse ainda que as operações não podem ser realizadas apenas com as viaturas que fazem policiamento de rotina no bairro.
Já a Polícia Civil, também em nota, informou que estão em andamento, as investigações contra quadrilhas que exploram serviços básicos, como água e luz.
Fonte: G1
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