Polícia Civil prende homem por torturar mulher com maçarico na Baixada Fluminense

Mulher foi vítima de tortura com maçarico em Mesquita, na Baixada Fluminense — Foto: Divulgação/PCERJ

Vítima seria autora de suposta fraude bancária envolvendo autor do crime. Caso é investigado pela 53ª DP (Mesquita)

MESQUITA - A Polícia Civil prendeu um homem, nesta quinta-feira, por queimar uma mulher com um maçarico. Ele foi preso em flagrante por crimes de tortura e posse de munição de uso restrito. O caso ocorreu em Mesquita, na Baixada Fluminense. Na ocasião, ele algemou e queimou o braço da vítima com uso do equipamento que usava para fundir ferro na loja de ferragens que possui no município. A mulher foi atendida na UPA da região, medicada e voltou para delegacia para prestar depoimento.

De acordo com a investigação, a motivação seria financeira, uma vez que o homem se beneficiava de um esquema para pagar boletos de alto valor por quantia inferior, geralmente 50% a menos. Tal prática era executada supostamente pela vítima, que trabalha em um banco, e fraudava o valor total para liquidar as faturas. Do dinheiro que sobrava, ela dividia com quem contratasse o serviço. No entanto, ela teria deixado de efetuar alguns pagamentos ao autor do crime, deixando o preso com dívidas pendentes.

Maçarico utilizado para queimar vítima — Foto: Divulgação

Os agentes foram acionados pela esposa do autor, que foi à delegacia registrar uma ocorrência de estelionato contra a agente bancária e avisou à polícia que a suposta autora voltaria no mesmo dia para buscar mais boletos. Quando os policiais civis chegaram ao local, no bairro Edson Passos, encontraram a mulher algemada e com o braço queimado. No imóvel, foram localizados o maçarico utilizado e munições.

No decorrer da apuração dos fatos, foi constatado que o homem recorreu à violência ao descobrir que a mulher não havia quitado parte das cobranças. As investigações seguem em andamento. A 53ª DP (Mesquita) desmembrará o inquérito para apurar como eram realizados os pagamentos e a possível fraude bancária.

Fonte: EXTRA