BAIXADA FLUMINENSE - A tradicional xícara de café, presente no cotidiano de muitos moradores da Baixada Fluminense, está ficando cada vez mais cara. Em padarias, lanchonetes e até no mercado, o aumento no preço do produto tem preocupado consumidores e comerciantes. Até janeiro de 2025, a alta acumulada pode chegar a 40%, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), devido a fatores climáticos e econômicos que afetaram a produção do grão.
Por que o preço do café subiu?
O café, especialmente o tipo arábica, sofreu grandes perdas nas lavouras brasileiras devido à seca e altas temperaturas que atingiram as principais regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo, ao longo de 2024. Essas condições climáticas extremas prejudicaram o desenvolvimento dos grãos, forçando as plantas a abortarem frutos para sobreviver.
Além disso, o aumento no custo de logística, impulsionado por conflitos internacionais e pela alta do dólar, tornou o mercado interno menos competitivo, já que muitos produtores preferem exportar o café para mercados internacionais, onde conseguem valores mais elevados.
O resultado foi um aumento significativo no preço da saca de 60 kg, que chegou a valores recordes, ultrapassando R$ 2.500 em dezembro de 2024, segundo dados da bolsa de Nova York.
Como isso afeta a economia local?
Na Baixada Fluminense, onde o consumo de café faz parte da rotina, os reflexos da alta de preços já são sentidos. O impacto da alta no preço do café vai além do consumo individual. Pequenos negócios, como padarias e lanchonetes, estão enfrentando dificuldades para equilibrar custos e manter preços competitivos. Isso pode reduzir o volume de vendas e comprometer o orçamento de muitos trabalhadores e empreendedores que dependem da comercialização da bebida.
Para o consumidor final, o aumento no preço do café representa mais um peso no orçamento, especialmente em uma região onde muitas famílias já lidam com altos custos de vida.
Expectativas para o futuro
Especialistas apontam que o cenário de preços elevados deve persistir até 2026, já que as lavouras levarão tempo para se recuperar dos danos climáticos acumulados. Além disso, a crescente demanda por café no Brasil e no exterior tende a manter os preços em alta.
Enquanto isso, moradores e comerciantes da Baixada Fluminense precisarão encontrar maneiras de adaptar seus hábitos de consumo e estratégias de negócio para lidar com o aumento de preços, sem abrir mão da bebida que faz parte da identidade cultural da região.
Dicas finais
Para economizar, vale comprar o café em atacado ou aproveitar promoções em supermercados. Quem deseja manter o hábito pode complementar o consumo com opções mais baratas, como sucos ou chás. Já os comerciantes podem investir em estratégias para fidelizar clientes, como combos promocionais.
Fonte: Site da Baixada
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