Polícia Civil cumpre mandados em Belford Roxo — Foto: Reprodução/TV Globo |
Entre os principais suspeitos estão ex-diretoras do Previde, apontadas como autoras das movimentações financeiras fraudulentas.
Operação mira esquema que desviou R$ 15 milhões da Previdência de Belford Roxo
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (23) uma operação contra um esquema que desviou recursos do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Belford Roxo (Previde).
O prejuízo foi de cerca de R$ 15 milhões
Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) saíram para cumprir 5 mandados de busca e apreensão contra 4 alvos na Baixada Fluminense. A Justiça ainda determinou o sequestro de R$ 15 milhões dos investigados, entre bens e valores em contas.
Entre os principais suspeitos estão ex-diretoras do Previde, apontadas como autoras das movimentações financeiras fraudulentas.
Segundo as investigações, valores foram transferidos de forma irregular para 539 pessoas, a maioria sem qualquer vínculo legítimo com o instituto. Ainda de acordo com a Draco, os desvios eram feitos via processos administrativos simulados ou inexistentes.
“Entre 20 e 30 de dezembro, a conta do Previde foi praticamente zerada”, afirmou o delegado João Valentim. “Houve um esvaziamento das contas públicas sem nenhum processo administrativo, notas de empenho, absolutamente nada que legitime essa conduta.”
A polícia ainda investiga se o dinheiro foi desviado para pagamentos de cabos eleitorais.
Polícia Civil cumpre mandados em Belford Roxo — Foto: Reprodução/TV Globo |
Matérias relacionadas:
Nomeações suspeitas
As principais investigadas são Rosemery da Silva Barcellos Aleixo, diretora administrativo-financeira, e Iolanda Curitiba de Souza Assis, diretora-presidente.
Iolanda assumiu a presidência em 11 de outubro de 2024, deixando o cargo de diretora administrativa financeira, que passou a ser ocupado por Rosemery, anteriormente diretora de Recursos Humanos.
Os indícios indicam que ambas foram estrategicamente nomeadas para facilitar o desvio de recursos públicos. Tal manobra ocorreu apenas 5 dias após as eleições municipais e a derrota do então prefeito, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho.
Em nota, o ex-prefeito disse que não é citado nas investigações nem alvo da operação (veja abaixo).
A investigação teve início a partir de um requerimento da Procuradoria do Município de Belford Roxo, que apontou fortes indícios da prática de peculato. Foram apresentadas a relação de beneficiários e cópias dos depósitos bancários.
Nota de Waguinho
"Em relação à operação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), esclareço que não sou citado nas investigações e que não houve qualquer medida envolvendo meu nome ou propriedades de minha titularidade.
Até o momento, não tive acesso ao processo ou detalhes sobre o caso, o que me impede de emitir qualquer posicionamento sobre o assunto. Reitero meu compromisso com a ética, a transparência e o respeito às instituições responsáveis pela apuração dos fatos".
Fonte: G1 -Editado
Blog do Lote XV
0 Comentários