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Alerj aprova emenda que proíbe ‘arminhas de gel’ no RJ




POLÊMICA - No final de novembro, a Alerj aprovou uma emenda ao projeto de lei de 1995 da deputada Marta Rocha, que proíbe a fabricação, venda, comercialização, transporte e distribuição de brinquedos e réplicas de armas de fogo.

Na Região Metropolitana do Rio, especialmente durante o fim de ano, é comum encontrarmos nas ruas e lojas de camelôs arminhas de brinquedo que disparam munição de gel, conhecidas como gel blasters. 

Esses brinquedos, que à primeira vista parecem inofensivos, têm gerado crescente preocupação entre moradores e autoridades. Embora a venda dessas armas seja frequentemente ilegal, elas continuam sendo comercializadas em grande escala, colocando em risco a segurança pública e gerando debates sobre seu impacto na sociedade.

No final de novembro, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma emenda ao projeto de lei da deputada estadual Marta Rocha, de 1995, e que visa proibir a fabricação, venda, comercialização, transporte e distribuição de brinquedos e réplicas de armas de fogo. 

A emenda, proposta pela deputada Tia Ju, inclui agora especificamente as gel blasters na legislação, considerando o potencial risco que esses objetos representam.

Marta Rocha, que foi anunciada nesta segunda-feira (16/12) como a nova secretária de Assistência Social do município, destacou os perigos associados a esse tipo de brinquedo. “Essa moda ainda está incitando o uso de armas e o comportamento de violência. A segurança pública tem que ter um olhar mais atento para o que está acontecendo”, afirmou a deputada. Segundo ela, a venda e o uso de gel blasters podem ser um gatilho para comportamentos violentos, especialmente entre os jovens.

A questão é ainda mais alarmante no contexto do município, onde a violência urbana e os confrontos entre facções criminosas são uma realidade constante. “Essas armas viraram um risco para a população, com batalhas em locais de grande circulação. No Rio, os jovens já estão pintando esses ‘brinquedos’ para ficarem parecidos com armas de verdade e se caracterizando para simular guerras entre facções. Isso pode levar a polícia e à população a confundi-los com armas de fogo”, alerta o texto da emenda de Tia Ju, que agora segue para análise na Comissão de Constituição e Justiça da Alerj.

O impacto das gel blasters não se limita apenas aos riscos de violência. O Instituto Nacional de Metrologia, em uma portaria publicada em 2021, esclareceu que esses produtos não devem ser considerados brinquedos, uma vez que podem ser confundidos com armas reais, o que aumenta o perigo, especialmente em situações de confronto ou em locais públicos.

Fonte: Diário do Rio

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