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Eleições no Rio: 25 mil homens estarão nas ruas, com reforço na Zona Oeste e Baixada Fluminense

Coletiva de imprensa da cúpula da Segurança Pública estadual, detalhando como será policiamento nas eleições
 municipais — Foto: João Vitor Costa / Agência O Globo

Área de inteligência monitora redes sociais para evitar ocorrências que possam atrapalhar o direito ao voto; não haverá Lei Seca no estado

ELEIÇÕES 2024 - A dois dias das eleições municipais, a cúpula da Segurança Pública do Rio divulgou nesta sexta-feira o planejamento para o pleito. Ao todo, serão mais de 25 mil homens nas ruas, incluindo as polícias Civil e Militar, além de efetivo do programa Segurança Presente e da Defesa Civil. Na última eleição municipal, em 2020, o número foi de 30 mil. Não será proibido o consumo de bebida alcoólica no dia da votação. Além de monitoramento das redes sociais para evitar ocorrências que possam atrapalhar a votação, haverá também reforço nas delegacias e nas equipes que estarão nas ruas na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio, áreas com atuação de milícia e do tráfico.

De acordo com o delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, no entanto, o motivo desse planejamento especial se dá por um “histórico” de “ocorrências eleitorais” nessas regiões, repetindo a estratégia de eleições anteriores. O objetivo é dar celeridade no atendimento em caso de ocorrências.

— Teremos comboios, cada um com 15 policiais civis e delegados coordenando, das delegacias especializadas e da Draco, que atuarão especificamente na Baixada Fluminense e na Zona Oeste — anunciou Curi, explicando que o grupo poderá ir a pontos específicos verificar “informações de inteligência”.

No auditório do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio, estiveram presentes ainda os secretários de Segurança Pública, Victor César dos Santos; de Polícia Militar, Marcelo de Menezes; e de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, Tarcísio Salles; além da subsecretária de Projetos Especiais, Jeanine Domenech.

25 mil homens: coletiva de imprensa sobre policiamento nas eleições — Foto: João Vitor Costa / Agência O Globo

Sem blitzes ou lei seca

A maior parte do efetivo será de policiais militares (22.667), que estarão nas ruas desde sábado, já para garantir a chegada das urnas nos locais de votação.

Há uma semana, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), desembargador Henrique Figueira, afirmou em entrevista ao GLOBO que não pode haver blitz ou bloqueio de vias por parte da polícia no dia do pleito. Segundo o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, no entanto, o posicionamento das viaturas “visa impactar da menor maneira possível” o deslocamento da população.

— Nosso objetivo é que as pessoas possam sair de suas casas e votar nas zonas eleitorais de maneira tranquila — afirmou o coronel, que pontuou que a lógica seguida pelos policiais nas ruas será para que “não haja incidência criminal”.

Neste pleito, não haverá decretação de "Lei Seca", proibindo o consumo de bebidas alcoólicas. A última vez que isso ocorreu no Rio foi em 1996. Desde então, reforçou o secretário de Segurança, Victor Santos, não há registros de ocorrências relacionadas a alcoolemia e, por isso, “não é necessário” esse tipo de decreto.

Haverá ainda reforço das forças armadas nas eleições, conforme anunciado pelo TRE. Segundo a cúpula da Segurança Pública, houve uma reunião no Comando Militar do Leste nesta semana, que definiu que esses militares ficarão aquartelados para “pronto emprego”, mas também atuarão em vias expressas. Já os policiais militares estarão distribuídos pelos quase 5 mil locais de votação, além de vias, terminais rodoviários, além do policiamento rotineiro, como o da Operação Verão, que será mantido.

Também haverá policiais civis e militares atuando em conjunto com o Ministério Público e com o TRE para pronta atuação, em caso de acionamento.

O setor de inteligência monitora ainda redes sociais, para prevenir ocorrências. Um dos exemplos que poderiam ser monitorados, segundo Victor Santos, seria uma eventual mudança na rotina do local de votação que, de alguma forma, impeça os eleitores de votar.

Crimes políticos

Foi reforçado na coletiva de imprensa que a atuação em caso de crimes políticos é da Polícia Federal, apesar de informações de inteligência estarem sendo compartilhadas com as forças estaduais.

— Todas as informações que eventuais pessoas possam estar transitando com valores em espécie, que possivelmente poderia ser para boca de urna ou compra de votos, a Segurança Pública (estadual) vai estar pronta para atuar e dar a destinação regular: encaminhamento para a Polícia Federal — afirmou o secretário de Segurança.

Já a Polícia Militar incluiu ocorrências de crimes eleitorais como opção no aplicativo “190 RJ”, para serem devidamente encaminhadas com “celeridade”, conforme pontuou o secretário de Polícia Militar.

Sobre a preocupação de crimes cometidos contra candidatos nesse período eleitoral, Felipe Curi pontuou que — com exceção do assassinato do candidato a vereador João Fernandes Teixeira Filho (Avante) em Nova Iguaçu na última semana, que ainda está sendo investigado se há motivações políticas — os demais casos foram ligados a “questões pessoais inúmeras”.

Fonte: OGlobo
Link: https://oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2024/noticia/2024/10/04/eleicoes-no-rio-25-mil-homens-estarao-nas-ruas-com-reforco-na-zona-oeste-e-baixada-fluminense.ghtml

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