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MÃE TIJUCANA DOA 8 LITROS DE LEITE MATERNO POR SEMANA A HOSPITAL DA BAIXADA FLUMINENSE

Andreia é doadora regular do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Sudart (HMulher), em São João de Meriti.
 Foto: Mauricio Bazilio/Ses-RJ
 

BAIXADA FLUMINENSE - Andreia Fernandes, mãe de uma bebê de 4 meses, é doadora regular do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher), em São João de Meriti. Ela chega a produzir mais de 30 litros de leite materno por mês.

Como uma inspiração para o ‘Agosto Dourado’, mês dedicado ao incentivo à amamentação, uma mãe da Tijuca, Zona Norte do Rio, realiza o feito surpreendente de doar cerca de 8 litros de leite materno por semana. Mãe da Helena, de quatro meses, Andreia Fernandes é doadora regular do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher), localizado em São João de Meriti, Baixada Fluminense.

Ao g1, ela contou que recebe frascos higienizados, touca, máscara para realizar a extração e conta com a ronda da equipe do hospital, que vai até a sua residência fazer a coleta semanalmente, dispensando o deslocamento até a unidade.

Mãe de Helena chegou a doar cerca de 30 litros em um mês. — Foto: Mauricio Bazilio/Ses-RJ

“Por vezes nem eu acredito, sabia? Me sinto muito honrada com essa missão. Eu encaro como 'trabalho' mesmo. Sempre tenho frasco cheio de leite aqui em casa. Meu volume de produção é muito alto. São quase oito litros de leite doados por semana. Mérito da Helena também, ela é muito generosa em doar leite para os amiguinhos que certamente nem conhecerá”, brinca Andreia.

Andreia chega a produzir mais de 30 litros de leite materno por mês, fora o que vai para a nutrição para a bebê Helena. Ela diz que poder ajudar bebês prematuros é o que mais a estimula a continuar doando regularmente.

"Só de pensar na mãe que tem um filho prematuro, me emociona muito. Um bebê buscando forças pra viver, sem forças pra sugar e meu leite sendo solução e alimento pra essa geração, eu me arrepio! E é nisso que eu me apego com força quando me dá vontade de chutar o balde, sabe? É lindo tudo isso, mas é cansativo, desconfortável. Eu não posso sair mais do que 3 horas sem levar meu kit de extração volante", expressa.

A mãe de Helena diz que o acompanhamento com nutricionista faz toda a diferença para alcançar tal marca.

“Sempre busquei acompanhamento nutricional. Vejo gestação e amamentação como uma etapa da vida que preciso de preparação física e alimentar para isso. Sempre tive em mente que eu precisava me alimentar adequadamente não por mim, mas pela Helena. A gestação foi muito mais sobre a Helena do que sobre mim, e eu levei isso bem a sério. Já na etapa amamentação, foi e tem sido muita água, em média 4 litros por dia. E comida de verdade. Eu como como um dragão, como zoamos aqui em casa”, diz.

Andreia é mãe da pequena Helena, de 4 meses. — Foto: Marcelo Bazilio/Ses-RJ

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-RJ), as duas maternidades estaduais da Baixada Fluminense, Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, e o HMulher possuem iniciativas que promovem o aleitamento e incentivam a doação solidária de leite humano. Eles contam com serviços para estimular a prática da amamentação, especialmente durante o ‘Agosto Dourado’.

A Ses-RJ afirma que o Banco de Leite Humano (BLH) do HMulher, principal referência da Baixada Fluminense, oferece o serviço de coleta externa, buscando a doação diretamente da residência para atrair novas doadoras.

“Todo o leite que recebemos é destinado aos bebês prematuros internados no bloco neonatal. É um alimento indispensável porque ajuda a diminuir o período de internação do recém-nascido. Temos um período de doação que costuma ser de seis meses. A oferta costuma cair depois porque o bebê é apresentado a novos alimentos”, explicou a nutricionista Naylla Rigor.

Mamães saudáveis que não estejam tomando medicamentos incompatíveis com a amamentação podem entrar para o cadastro regular da unidade. De acordo com a Ses-RJ, o espaço produz 16 litros de leite pasteurizado por mês para atender 138 crianças prematuras internadas no bloco neonatal da unidade atualmente.

O Banco também oferece orientação e apoio à amamentação, além de coletar, processar, armazenar e distribuir o leite humano aos bebês de baixo peso.

Fonte: G1

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