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CORPOS TROCADOS FAMÍLIA PEDE EXUMAÇÃO, PACIENTE DA UPH DO PILAR PODE TER SIDO ENTERRADA EM BELFORD ROXO POR ENGANO

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BAIXADA FLUMINENSE
- A família de Rosa Maria Marinho Medrado, que morreu por complicações de um câncer, na última quarta-feira (27), pedirá na Justiça a exumação do corpo da parente falecida. Ela foi velada e enterrada por engano por outra família, após a Unidade Pré-Hospitalar José Moreira da Silva, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, trocar o corpo dela pelo de uma outra pessoa com o mesmo nome.

Rosa Maria Marinho Medrado, de 70 anos, e Rosa Maria da Conceição Eloi, de 44 anos, morreram na mesma unidade de saúde. Eloi morreu na noite de terça-feira (26) e Medrado na madrugada de quarta.

"Iremos apresentar, no Plantão Judiciário, o pedido de tutela de urgência para a exumação do corpo que se encontra enterrado no Cemitério Municipal Solidão de Belford Roxo, que vem a ser da senhora Rosa Maria Marinho, enterrado no lugar da senhora Rosa Maria da Conceição", explicou o advogado da família.

O delgado titular da 60° Delegacia de Polícia (Campos Elísios) está investigando o caso. Segundo ele, ainda não é possível definir qual o tipo de crime pode ter sido cometido. O investigador espera ouvir todos os envolvidos, como os responsáveis pelo atendimento no hospital e membros das duas famílias.

Entenda o caso

O RJ2 mostrou na última quinta-feira (28) que a família de Rosa Maria Marinho Medrado não encontrou o corpo dela, que morreu durante a internação na Unidade Pré-Hospitalar José Moreira da Silva.

No local, a família Marinho Medrado descobriu que o corpo de Rosa Maria já havia sido liberado e enterrado. Eles perceberam que havia algum engano, já que apenas o filho da idosa estava com os documentos necessários para a liberação.

"Já pensou você esperando pra enterrar a sua mãe e aí você saber que sua mãe já foi enterrada. A gente não sabe quando vai desenterrar nossa mãe para a gente poder enterrar de novo. É muito triste”, fala a filha Tatiana Marinho Medrado.

Após serem acionados pela família, agentes da Polícia Civil descobriram que o corpo de Rosa Maria Marinho tinha sido trocado pelo de outra paciente.

Contudo, essa conclusão só foi possível depois que a segunda família já tinha enterrado o corpo errado, no Cemitério de Belford Roxo, com caixão fechado.

Rosa Maria da Conceição Eloi, de 44 anos, tinha problemas de coração e morreu de choque séptico. O corpo foi reconhecido pelo marido e pelo filho na manhã de quinta. Contudo, os familiares velaram e enterraram o corpo de Rosa Maria Marinho, por conta de um possível erro do hospital.

Família pede exumação de corpo enterrado por engano após suspeita de troca em hospital do RJ

Erro foi informado

Os filhos que não conseguiram enterrar suas mães passaram oito horas na Delegacia de Campos Elísios. Um inquérito policial foi aberto e o caso registrado como fato atípico.

Além dos dois filhos, outras cinco pessoas prestaram depoimento. O sargento que atendeu o caso, um agente funerário, dois coordenadores do hospital e um vigia da unidade.

Segundo o vigilante, a diretora médica Luziney, que estava de plantão na unidade de saúde no dia da ocorrência, tomou conhecimento do problema por volta das 11h.

Em depoimento, um dos coordenadores do hospital também confirmou que Luziney e a diretora administrativa da unidade, Daniela, foram informadas da possível troca dos corpos. Segundo ele, as duas foram avisadas do problema por volta das 14h.

De acordo com o depoimento desse coordenador, o corpo de Rosa Maria Eloi foi removido pela Defesa Civil para o Hospital Moacir do Carmo, também em Duque de Caxias.

Segundo o depoimento de Vinícius, filho de Rosa Maria Eloi, ele reconheceu o corpo da mãe no hospital, mas não viu quando colocaram o corpo no caixão. Na delegacia, ele contou que só viu o caixão fechado, já com um corpo dentro.

O que dizem os citados

A Prefeitura de Duque de Caxias disse que todas as medidas cabíveis serão adotadas para responsabilizar os envolvidos, caso sejam constatadas irregularidade.

A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias lamentou o caso. O órgão informou que a direção da Unidade Pré-Hospitalar José Moreira da Silva está dando suporte psicológico e social às famílias.

A secretaria informou também que abriu uma sindicância interna para apurar como todo o processo de liberação e identificação dos corpos aconteceu.

Fonte: G1

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