BELFORD ROXO - "O essencial é invisível aos olhos". A famosa frase do livro O Pequeno Príncipe, do autor Antonie de Saint-Exupéry, reflete no jogo de futebol (Futebol de 5), realizado nesta manhã (15), com apoio da Prefeitura de Belford Roxo, na quadra poliesportiva do Ciep Municipalizado Constantino Reis, bairro São Bernardo. Batizada de Desafio Internacional, a partida Brasil e Argentina foi disputada entre jogadores com deficiência visual. Na torcida, alunos do 4º e 5º anos. Apesar da vitória dos Hermanos por 2 X 1, a garotada voltou para casa levando como mensagem: "só se ver bem com o coração".
Idealizador do evento, o bicampeão mundial e campeão paralímpico, Anderson Dias, 36, presidente da Ong Urece Esporte e Cultura para Cegos, disse que o apoio da Prefeitura foi fundamental para a realização do evento.
"Nosso objetivo é mostrar para as crianças que quando se tem boa vontade, nada é impossível. Se nós cegos podemos fazer, essas crianças podem fazer muito mais", assegurou. Anderson, através de sua Ong, mantém parceria com o Ciep Constantino Reis, nos Polos de Cegos e Surdos. "Acredito que o evento de hoje seja o pontapé inicipal para realização de muitos outros na cidade", declarou. Anderson mora no bairro Nova Aurora e é cego desde os três anos.
Os amigos de turma, Thales Cristian, 10 e Emerson da Costa, 12, assistiram toda a partida na lateral da quadra. Ficaram impressionados com o que viram. "É muito difícil jogar futebol sem enxergar. Mas eles conseguem por causa da força de vontade", afirmou Thales. "Aprendi que nada é impossível quando a gente quer", declarou Emerson. As meninas, Gabriele Ferreira, 10 e Amanda Maria da Costa Alonso, 9, entraram na quadra de vendas nos olhos.
"Foi difícil, mas conseguimos andar por todo espaço", garantiram. A diretora do Ciep, professora, Vera Lucia Martins Oliveira, disse que o evento criou uma grande expectativa entre os alunos. "É uma vivência importante. Cada vez mais eles têm a consciência de que nada é impossível".
Futebol de 5
Futebol de 5 é a modalidade de futebol para deficientes visuais. Durante a partida, todos jogadores que atuam na linha utilizam vendas. O objetivo é igualar os níveis de deficiência visual. Apenas o goleiro enxerga. Os quatro jogadores na linha se orientam de diferentes maneiras: dentro da bola existe um guiso, de modo que qualquer movimento com a bola se torna sonoro, além disso, o goleiro emite orientações da a defesa, o técnico auxilia os jogadores no meio da quadra, e uma pessoa conhecida como “chamador” bate na trave rival com objetos metálicos, localizando o gol para os atacantes.
As partidas são divididas em dois tempos de 25 minutos. Não há prorrogação, em caso de empate em jogos decisivos. A definição é nos pênaltis. Além disso, a quadra não possui linhas
Assista ao vídeo abaixo:
Fonte: Imprensa PMBR
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