BAIXADA FLUMINENSE - A Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, recebeu a etapa estadual do concurso A Mais Bela Gordinha do Brasil na última sexta-feira. Como de costume, várias participantes da Baixada marcaram presença. Vindas de São João de Meriti, Duque de Caxias, Mesquita e outros municípios, elas chegaram para mostrar que a beleza não é aprisionada por padrões estéticos. Uma caxiense ficou com o segundo lugar da decisão e vai participar da etapa nacional.
— O objetivo é resgatar as mulheres que estão dentro de casa sem autoestima. Somos lindas — resume Claudia Ferreira, de 35 anos, a organizadora e idealizadora do concurso, que terá sua etapa nacional no dia 9 de maio.
Finalistas de 19 estados participarão do evento, que também acontece na Feira de São Cristóvão.
— Existem pessoas que passam pelas mesmas coisas que a gente. Têm dificuldade de encontrar uma roupa da moda, são vistas com outros olhos — conta Linthy Magalhães, 29 anos, analista fiscal que ficou em segundo lugar tendo sua primeira experiência na passarela, bem como boa parte das mais de 20 concorrentes: — Quero participar mais vezes.
As sete participantes da Baixada no concurso reforçaram a importância de abrir cada vez mais espaço para modelos plus size e de investir na moda para este público. A empresária Gisele Werneck, de 47 anos, diz que várias amigas já demonstram interesse no evento.
— É para valorizar a mulher que vemos no dia a dia. Você pode ser esplendorosa em qualquer lugar, não apenas na passarela — filosofa Gisele.
Aberto para todas
Com centenas de participantes em sua história, o A Mais Bela Gordinha do Brasil aceita candidatas em duas categorias: de 18 a 35 anos e de 36 a 55. A cada ano, as inscrições começam em novembro, pelo site do evento.
O único requisito é vestir do tamanho 46 para cima — com a mudança da medição nacional, o número passará a ser 44 ano que vem — e pagar taxa de inscrição (de R$ 300, incluindo produção e transporte). Como prêmio, as vencedoras ganham produtos, roupas, jantar e um book.
— Não sou modelo, sou cabeleireira. Aos 43 anos, ter a chance de subir no palco, desfilar e dançar é inesquecível — conta a cabeleireira Adriana Baptista, de Mesquita.
O concurso tem tradição na Baixada. A vencedora no ano passado, Thais Oliveira, mora em Belford Roxo. Para a organização, o mais importante é a retomada da confiança das mulheres plus size no Brasil, que são a maioria.
— Muitas me dizem que, após o concurso, usaram biquíni pela primeira vez em muito tempo — diz Cláudia.
Fonte: Extra
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