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Protestos se alastram por pelo menos 29 batalhões da PM do Rio de Janeiro
A principal reivindicação é o pagamento de salários atrasados. A corporação diz não haver paralisação, e sim manifestações de familiares
RIO - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, comentou por mensagem a movimentação de parentes de policiais militares que vem impedindo a saída de policiais e de carros da corporação de alguns batalhões do estado desde a última sexta-feira. Perguntado pelo GLOBO se achava que havia alguma articulação política por trás dos protestos, Pezão disse achar “estranha” a estrutura que os familiares de policiais têm para ocupar as portas dos batalhões.
— Muito estranho ter banheiro químico, lanches e toda infraestrutura — disse o governador.
Pezão acrescentou que a PM está checando “quem está por trás” dos atos e que os comandantes das unidades estão conversando com os familiares acampados. E disse que “a maioria dos batalhões está funcionando”.
Polícia Militar usa helicópteros para distribuir PMs em batalhões bloqueados no Rio. |
PROTESTO EM FRENTE A BATALHÕES
Pelo segundo dia consecutivo, mulheres e parentes de policiais militares permanecem acampados em frente a batalhões no Rio. O grupo reivindica o pagamento do décimo terceiro salário, do RAS, e melhorias nas condições de trabalho. Segundo a assessoria da Polícia Militar, o ato acontece em 29 unidades da corporação, desde o início do protesto na madrugada de sexta-
Fernanda Brum justifica presença em batalhão do Rio: 'Fui apaziguar os ânimos'
Pastora contou ter conversado com as mulheres e viúvas de policiais Foto: Reprodução/Instagram
Extra
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A última sexta-feira foi de protesto para a cantora gospel e pastora Fernanda Brum. Ela foi uma das participantes da manifestação de parentes de policiais militares, no 6º BPM (Tijuca). Filha e enteada de PMs, ela justificou sua presença no local via redes sociais:
“Fui tentar conversar, tentar mediar um conflito, orar com o pessoal para que tivesse um entendimento anterior a qualquer tipo de confronto. Só tenho a dizer que ore, peço a todo o Brasil que ore. Os próximos dias parece que serão dias difíceis. Deus vai cuidar da gente, eu sei que vai (...) Como pastora, só posso orar”.
Num vídeo em sequência, a cantora argumentou que não aderiu ao movimento:
“Eu não fui aderir a nenhum movimento, mas fui apaziguar um momento de conflito como capelã, como conselheira. Fui tentar apaziguar os ânimos. Mas nós sabemos que o Senhor é aquele que faz a obra dele por completo e eu fui abraçando as mulheres, conversando com elas, perguntando. Elas estão passando por situações muito difíceis. Todo o comando da Polícia, o estado do Rio de Janeiro (...) A minha preocupação é com o todo (...) Fui prestar o meu serviço como alguém que hora pela paz”.
Capitã da PM do Rio é presa por incitar greve no Facebook
Ana Paula Moutinho, do batalhão da Barra da Tijuca, apoiou paralisação em post na rede social; ‘Só cuidaremos dos nossos! Fujam para as colinas’, escreveu
A capitã da Polícia Militar Ana Paula Moutinho, lotada no 31º batalhão, na Barra da Tijuca, Zona Norte do Rio, foi presa administrativamente na quinta-feira por fazer incitação à greve da PM em seu perfil no Facebook. A Polícia Militar considera que suas mensagens eram “agressivas à sociedade”. A policial ficará detida até domingo, dia 12.
O comando do 31º BPM diz ter tomado a medida em cumprimento ao Regulamento Disciplinar da Polícia Militar. A greve de policiais militares é considerada inconstitucional – na prisão administrativa, o policial fica detido em uma unidade da PM.
Na legenda de uma foto em que aparecesse sentada no chão, Fernanda Brum voltou a se expressar sobre o movimento dos parentes de PMs:
“Ouvi muitas histórias hoje à tarde... Mulheres sofridas, viúvas com tantas e tantas histórias. Que tudo acabe bem! Estamos orando para que fique em paz! E que a polícia consiga essa dignidade que merece!”.
Fonte: POR CARINA BACELLAR - O Globo/Extra/Veja
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