Consumidores da Light terão que pagar reajuste para bancar indenizações a transmissoras de energia
BELFORD ROXO - Mais de quatro anos após a presidente Dilma Rousseff intervir no setor elétrico para reduzir a conta de luz em 20% — queda que foi anulada por aumentos que ultrapassaram 50% em 2015 —, um novo esqueleto do setor elétrico ganhou corpo ontem. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) bateu o martelo e definiu em R$ 62,2 bilhões o valor de indenizações a transmissoras de energia. O consumidor vai arcar com essa fatura nas contas de luz até 2025. A estimativa é que essa decisão signifique um efeito médio de alta nas tarifas de 7,17% este ano.
O valor do reajuste que será efetivamente pago pelo consumidor, porém, depende de outras variáveis que afetam a conta de luz — como subsídios, custo de geração da energia de Itaipu e comportamento do dólar, entre outros —e é definido de acordo com cada distribuidora. No caso do Rio de Janeiro, a previsão é que a tarifa residencial suba 8,55%, um percentual que já engloba o efeito das indenizações.
IMPACTO NO RIO
A Light, distribuidora de energia em 31 municípios no Estado do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana do Rio, informou que o impacto em suas tarifas do repasse das indenizações para as transmissoras deverá ficar em torno dos 4,53%. De acordo com a distribuidora, se houver alguma mudança nesse percentual será muito pequeno. Por sua vez, a Enel Distribuição Rio (antiga Ampla), que atende a 66 municípios do Estado do Rio, disse que o impacto dessa medida em suas tarifas será calculado na ocasião da definição do reajuste tarifário anual da distribuidora, programado para 15 de março próximo.
Fonte: Extra
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