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Procura por vacina contra febre amarela gera filas e acaba com estoques no Rio.

No Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, um dos postos
que ainda ofereciam a vacina, filas de até
três horas Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo
A procura por vacinas contra a febre amarela gerou filas e acabou com estoques em postos de saúde do Rio.

No Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella, em Vila Isabel, as doses acabaram na semana passada e não há previsão de reposição. Mesma situação no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, onde funcionários disseram que a procura passou de uma média de dez pessoas por dia para mais de 300 na semana passada. Sem conseguir a imunização, Bianca Ferreira decidiu comprar as doses em uma clínica particular:
Com viagem marcada para a África do Sul, Ananda Lemos, de 25 anos, conseguiu
tomar a vacia depois de três horas de fila no posto do Centro do Rio.
Foto: Luís Guilherme Julião / Agência O Globo

— Não posso deixar de tomar a vacina, porque vou dar um curso em Lavras, Minas Gerais. Eu ia viajar amanhã, mas já adiei para a semana que vem por causa disso — conta a empresária, que atua no ramo de esmaltes.

Quem conseguiu ser imunizado enfrentou horas de fila. Com viagem marcada para a África do Sul, Ananda Lemos foi ao Centro Especial de Vacinação Álvaro Aguiar, no Centro, mas esperou três horas para ser atendida:

— Pedi para uma pessoa que estava na minha frente me mandar uma mensagem quando chegasse minha vez, porque tive que voltar para o trabalho — contou.

Em três clínicas particulares da cidade, a vacina, que chega a custar até R$ 180, também estava em falta.

A Secretaria municipal de Saúde afirmou que o estoque no município está quase no fim por causa da alta procura e está recebendo uma nova remessa. Mas fez um alerta à população: apenas pessoas com indicação médica ou que vão viajar para locais com registros da doença devem ser vacinadas. Segundo o Ministério da Saúde, quem já tomou as duas doses não precisa se vacinar novamente, mesmo que vá viajar para áreas de risco.


Fonte: Luís Guilherme Julião/EXTRA

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