Famílias com renda mensal de até R$ 9 mil poderão ter a chance de adquirir um imóvel com juros mais baixos, dentro do “Minha casa, minha vida”. Essa é uma das medidas sugeridas pelo presidente Michel Temer para o programa de habitação popular do governo federal. Hoje, o teto da faixa 3 (renda bruta mensal) é de R$ 6.500. A intenção é ampliar os incentivos para enfrentar a nova realidade econômica.
O preço máximo dos imóveis financiados pelo programa também deverá ter um acréscimo de cerca de R$ 25 mil, passando de R$ 225 mil para R$ 250 mil. Além do Rio, a mudança valerá para as regiões metropolitanas de São Paulo e Distrito Federal. O Ministério das Cidades, responsável pelo “Minha casa, minha vida”, ainda não informou quando as novas regras entrarão em vigor.
O diretor de Negócios da Cury Construtora, Leonardo Mesquita, aprovou as novas regras. Para ele, essas medidas em estudo poderão ajudar a impulsionar o setor imobiliário e melhorar as condições de compra de um imóvel novo.
— O sonho de muitos brasileiros é comprar a casa própria e, com a implementação dessas novas regras, será possível que mais famílias se adequem ao programa “Minha casa, minha vida” — declarou Mesquita.
Mais acesso aos consumidores
As novas medidas estudadas para o programa “Minha casa, minha vida” já agradam a profissionais da área de construção. O diretor de Marketing e Vendas da MRV Engenharia, Rodrigo Resende, está entusiasmado com as propostas de mudanças:
— Essas novas regras serão importantes, pois, além de ampliarem o acesso dos consumidores ao programa, vão aquecer o mercado.
Resende ainda destaca outro ponto positivo das alterações previstas. Segundo ele, o novo modelo vai ajudar na retomada da economia.
— Essas medidas são muito interessantes para o nosso mercado — avaliou.
É preciso ter cautela!
O consumidor deve estar atento, no momento da contratação do financiamento, ao valor final da taxa de juros e, principalmente, à parcela mensal a pagar. Também é necessário prestar atenção ao prazo do pagamento do imóvel. Prazo menores são os mais indicados.
DICA DO ADVOGADO
Para Ighor Jacinto, advogado especialista em direitos imobiliários e contratos bancários, o programa tem um regime rígido para retomada do imóvel em casos de inadimplência. É preciso ficar atento para não deixar acumular três prestações em atraso e buscar o banco para uma renegociação.
Quais as vantagens com as mudanças no “Minha casa, minha vida”?
— Acredito que a ampliação da faixa 3 do “Minha casa, minha vida” para R$ 9 mil seja favorável ao momento atual em que vive o Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A medida criará estímulo à contratação de novos financiamentos, tudo para aquecer novamente o mercado.
O aumento da faixa de renda mensal vai atrair um novo público?
— Sim. O público interessado na aquisição da casa própria vai se beneficiar com uma margem de juros mais baixa do que as praticadas no mercado.
O que o governo pretende com essas medidas?
— Quer alavancar novamente o setor imobiliário. É ele um dos principais segmentos que impulsionam a economia de um país, e há desaceleração no setor. Toda a economia acabou sendo impactada, por causa da crise mundial, que teve seu ponto de ebulição com a crise imobiliária dos Estados Unidos, em 2008.
Fonte: Extra
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