Proposta foi apresentada em evento na Baixada Fluminense. Federação apontou ainda que roubo de cargas cresceu quase 50% na região desde a inauguração da rodovia.
BAIXADA FLUMINENSE - A criação de minibairros e a implantação de um programa de policiamento foram as principais propostas apresentadas no evento “Arco Metropolitano: Desafios da ocupação irregular e de segurança”, realizado pelo Sistema FIRJAN nesta terça-feira, dia 29, no Teatro SESI Caxias. O presidente do Conselho Empresarial da Construção Civil do Sistema FIRJAN, Roberto Kauffmann, defendeu o ordenamento urbano para o desenvolvimento social e econômico da Baixada Fluminense. “Entre Caxias e Itaguaí existe uma área imensa que pode ser aproveitada para a construção de minibairros”, sugeriu Kauffmann.
Já o especialista em Desenvolvimento Econômico do Sistema FIRJAN, William Figueiredo, falou sobre os desafios da segurança, ressaltando a grande importância do assunto para a atração de empresas para o entorno da rodovia. “O roubo de cargas, um dos crimes que mais afeta o desenvolvimento industrial da região, subiu quase 50% na Baixada desde a inauguração do Arco Metropolitano”, disse o especialista. Com base nos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP/RJ), o levantamento da FIRJAN revelou que foram 3.603 registros de roubo de cargas de junho de 2014 a maio deste ano.
Com o objetivo de garantir o mapeamento de eventuais ocupações irregulares ao longo da via, o diretor executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, Vicente Loureiro, anunciou que o governo do estado vai monitorar a extensão do Arco Metropolitano com o uso de drones, a partir de outubro. “O monitoramento já é feito por conta do licenciamento ambiental, mas incluímos agora o tema urbano devido às questões de ocupações. Fazíamos as imagens por satélite, mas vamos usar a tecnologia do drone para ter mais precisão no monitoramento, que nos ajudará a antecipar novos movimentos de ocupação, por exemplo”, disse Loureiro.
Promovido pelas representações regionais da FIRJAN de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, o evento reuniu mais de 200 pessoas, entre elas governantes, empresários e especialistas. No encontro, o presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Federação, Mauro Viegas, destacou a importância da Baixada Fluminense para o desenvolvimento econômico do estado do Rio. “Impactos logísticos e socioeconômicos do Arco podem impulsionar a ocupação adequada, além de promover a segurança e a inclusão social. Debater essas questões é o primeiro passo para encontrar soluções e dar um novo rumo para a Baixada Fluminense”, disse Viegas.
Roberto Leverone, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, destacou a importância de reunir os principais atores dos governos estadual e municipal para refletir sobre propostas para o Arco Metropolitano. “Hoje nos reunimos para buscar ações que garantam a vocação industrial das áreas no entorno do Arco. Esse importante eixo rodoviário pode gerar riqueza e garantir o desenvolvimento socioeconômico da Baixada e do estado”, disse Leverone.
Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, frisou que segurança é o fator primordial para atrair investimentos e gerar desenvolvimento. “Sem segurança, o Arco deixará de ser uma opção para retirar o tráfego de dentro da Baixada Fluminense e não realizará seu potencial de atrair investimentos para a região”, destacou Erane.
O evento, que teve o patrocínio da Braskem e apoio da Unigranrio, contou ainda com a participação dos prefeitos de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, Alexandre Cardoso e Nelson Bornier, respectivamente; do secretário municipal de Planejamento, Urbanismo e Habitação de Duque de Caxias, Luiz Edmundo da Costa Leite; do secretário municipal de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Giovanni Guidonne; do deputado André Lazaroni e da deputada Martha Rocha.
Fonte: FIRJAN
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