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Homem morre ao cair de passarela sem grades ao lado da Rodoviária velha em Duque de Caxias.


Bernardo Barros Sobrinhom, 61 anos, caiu de bicicleta da passarela sobre a Avenida
Presidente Kennedy,  
próximo a antiga rodoviária de Duque de Caxias. 

Por volta das 10h deste sábado um homem, identificado pelo Corpo de Bombeiros como Bernardo Barros Sobrinho, de 61 anos, caiu de uma passarela próxima à antiga rodoviária de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A construção estava sem uma das grades desde a tarde da última sexta-feira, quando ela caiu e interrompeu a circulação do trem. Apesar do incidente acontecido ontem, a passarela continuava liberada para pedestres e nela havia apenas uma fita indicando a ausência da grade. De acordo com pessoas que estavam no local, Bernardo passava de bicicleta quando se desequilibrou com o piso escorregadio e caiu da passarela, que tem aproximadamente 12m. 

Nesta sexta feira dia 11/9 um acidente já havia paralisado ramal de Gramacho por duas horas e passageiros tiveram que andar, de novo, pela linha do trem.
Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, ele foi levado ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas não resistiu aos ferimentos. Em comunicado, a Secretária de Saúde informou: “Ele foi atendido pelas equipes de cirurgia geral, neurocirurgia e ortopedia, realizou exames de ultrassonografia e tomografia computadorizada, além de drenagem torácica de urgência por hemorragia interna. O paciente apresentou parada cardiorrespiratoria. Foram realizadas manobras de ressuscitação, mas ele veio a óbito às 12h30 de hoje.”

Carlos da Silva, morador da região, afirma que a passarela está há
muito tempo sem reformas Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
Morador do bairro Centenário, vizinho do local do acidente, Lucas Antunes conta que há muito tempo a população pede a reforma da passarela.

— Passo aqui sempre e vejo idosos, pessoas de cadeira de rodas, crianças. Se a pessoa não atravessar aqui tem que andar um quilômetro para frente ou para trás e atravessar perto da entrada do trem ou no viaduto — conta o jovem de 22 anos.

O aposentado Carlos da Silva, de 64 anos, viveu sempre perto da estação e nunca viu reparos serem feitos em sua estrutura.

Nesta sexta-feira (11), a grade de proteção da passarela despencou e caiu em cima de um trem. Neste sábado, outro acidente voltou a acontecer no mesmo lugar.
— É muito triste saber que só quando acontece uma tragédia as coisas podem mudar. Sai governo, entra governo e não acontece nada: só pintam, não consertam nada. É um local movimentado por causa da rodoviária e mesmo assim deixam a passarela toda rachada, com as grades balançando quando as pessoas se apoiam, é um absurdo — revolta-se ele. 

Em comunicado enviado pela assessoria de imprensa, a SuperVia indica que a responsabilidade de cuidar da passarela é do governo estadual: “Pelo contrato de concessão, a empresa é responsável somente por construções que estejam ligadas à via férrea. Como essa passarela apenas ligava um lado a outro da cidade, a responsabilidade é do estado”.
Fonte: Extra
Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
Marilise Gomes

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