Ato reuniu mais de 100 pessoas na JF Venezuela
Os servidores do Judiciário Federal do estado do Rio de Janeiro vão manter a greve por tempo indeterminado, salvo se surgir algo novo no cenário. A decisão foi aprovada no final da tarde desta terça-feira (7/7), na assembleia-geral da categoria, na Cinelândia. O presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves ressaltou que a mobilização está no momento mais difícil, que é o limbo, a espera até a sanção do PLC 28/15. “Não trabalhamos com a possibilidade do veto, até porque a responsável pela sanção ou veto ainda não se manifestou sobre o assunto. Não temos outra coisa a fazer senão continuar a greve para alcançar nosso objetivo. Não podemos retroceder até garantir a sanção presidencial”, afirmou Valter, acrescentando que, em todo o país, apenas o sindicato da Paraíba saiu da greve.
O dirigente sindical cobrou que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, se posicione publicamente a favor do PLC 28 e criticou os ataques da mídia contra o projeto de recomposição salarial dos servidores.
Serviço prejudicado em Duque de Caxias. Em Belford Roxo, apesar da Greve a população está sendo atendida.
Serviço prejudicado em Duque de Caxias. Em Belford Roxo, apesar da Greve a população está sendo atendida.
O servidor Rinaldo Martins de Oliveira, do TRE-RJ, criticou a política do governo de ataques aos direitos dos trabalhadores.
Alexandre Magno, da JF Venezuela, disse que a luta pela reposição salarial deve se intensificar e saiu em defesa da data-base para a categoria. O diretor Edson Mouta ressaltou que neste momento não há como retroceder. “Não aceitamos mais um ano sem reajuste. O governo faz esse ato covarde de colocar a sociedade contra nós. Ou nos levantamos e lutamos ou seremos atropelados”, afirmou.
TRE de Belford Roxo, apesar da Greve está atendendo a população. |
Ricardo Quiroga, diretor do sindicato, conclamou a categoria a lutar contra as mentiras que têm sido destaque na mídia. “Temos de enfrentar essa imprensa mentirosa, com vícios da época da ditadura, que quer destruir o serviço público e criar um clima pelo veto. Vamos manter a greve, cada um fazendo suas ações nas redes sociais e ocupações nos locais de trabalho até o dia 21 de julho”, concluiu.
Antes da assembleia-geral, mais de cem servidores das justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho participaram de um ato conjunto em frente ao foro Venezuela para incentivar colegas que ainda não aderiram à greve a participar do movimento. Foi feito um arrastão em todos os andares dos dois prédios e depois, o grupo assistiu a esquete “Nós semo Caipira, mas num semo bobo não!”, uma sátira ao descaso do governo Dilma com os servidores do Judiciário Federal.
Servidores do Judiciário Federal em greve abraçam TRT e fecham Antônio Carlos
Cerca de 400 servidores em greve deram um abraço ao prédio da Justiça do Trabalho (TRT) no início da tarde desta quarta-feira (8/7). Os participantes ocuparam as ruas da Imprensa, Araújo Porto Alegre, Adherbal Madruga e avenida Antônio Carlos dando a volta no quarteirão, de mãos dadas, entoando palavras de ordem.
Em seguida, os servidores do Judiciário Federal resolveram interromper o trânsito da avenida Antônio Carlos e cantar o Hino Nacional. Também participaram do ato, colegas de outros tribunais.
Seresta e apagão
A mobilização dos servidores do Judiciário continua a partir do meio-dia nesta quinta-feira no TRT. Às 13h30, haverá uma seresta na Rua da Imprensa. A atividade se estende até às 15h. E na sexta-feira, a partir das 11h, será realizado um arrastão e, em seguida, apagão.
Na próxima semana, já está prevista uma concentração no Tribunal Regional Eleitoral (Presidente Wilson), na terça-feira (14/7) a partir das 11h. O ato também vai contar com servidores de outros tribunais.
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