Policiais da 27ª DP (Vicente de Carvalho) realizam, nesta terça-feira (16), a Operação Overload, com o objetivo de desarticular a maior facção criminosa atuante do Rio de Janeiro.
A ação visa cumprir 65 mandados de prisão e de busca e apreensão em comunidades da capital, Baixada Fluminense e Niterói, na Região Metropolitana. Mais de 400 policiais participam da ação, incluindo homens da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).
A ação visa cumprir 65 mandados de prisão e de busca e apreensão em comunidades da capital, Baixada Fluminense e Niterói, na Região Metropolitana. Mais de 400 policiais participam da ação, incluindo homens da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).
Ordem de dentro de presídios
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, até as 9h, 26 mandados de prisão foram cumpridos – oito pessoas foram presas nesta terça e as outras já estavam detidas. Segundo o delegado Felipe Curi, a investigação, que teve início há cerca de oito meses, identificou os líderes e a função de cada um deles na facção, além de diversos fornecedores de armas e drogas. Ainda segundo o delegado, o inquérito revelou que os chefes do grupo, já presos, continuam no comando do tráfico de drogas no estado.
"O mais difícil é conseguir provas e indiciar essas pessoas novamente, para que elas paguem por esses crimes que elas continuam cometendo. A investigação conseguiu comprovar, com dados, que visitantes dessas pessoas [criminosos], não só como do Marcinho VP, mas também do Elias Maluco, do Zeu, do traficante Marreta e de outras pessoas que estão em presídios federais, essas pessoas trazem as diretrizes, passam para a facção e essas pessoas repassam as ordens para traficantes de outras comunidades", contou o delegado Felipe Curi.
O trabalho apontou que o grupo age trazendo as drogas de fora do Rio, fracionando e endolando em comunidades consideradas entrepostos e distribuindo no estado. Em algumas regiões foi possível verificar que o faturamento mensal da quadrilha ultrapassou mais de R$ 7 milhões.
"Sete milhões apenas em três municípios da Baixada Fluminense: São João de Meriti, Nova Iguaçu e Belford Roxo.
Essas bocas de fumo destas localidades são do traficante Elias Maluco, são administradas pelo traficante Criã, que está em Bangu, e eles colocam pessoas para trabalhar lá na comunidade. Então o Criã adquire drogas, adquire armas nestas localidades, abastece bocas de fumo, controla toda a contabilidade e repassa o lucro para a família de Elias Maluco", explicou Curi.
Lucro
Segundo o delegado, o Morro do Chapadão é o principal entreposto de drogas da facção. "Não dá pra dizer que é o 'novo Alemão', mas o fato é que já é o maior ponto de lucro dessa facção", explicou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, o grupo adquiria um quilo de cocaína pura por cerca de R$ 14 mil e quando a droga é colocada para a venda ela é vendida por R$ 64 mil, ou seja, aproximadamente R$ 50 mil de lucro.
"A margem de lucro é muito grande. Essa operação revelou como funciona a engrenagem da maior facção criminosa do estado do Rio de Janeiro", disse o delegado.
Para o delegado, essa é só a primeira fase da operação. O próximo passo será investigar a parte financeira dessa organização criminosa.
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