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Um Pouco de História: Duque de Caxias e seu patrimônio. Gênesis Torres explica a importância histórica do município.

Capela de Santa Rita da Posse, de 1704, não é tombada Foto: Divulgação
 Duque de Caxias tem um patrimônio cultural bastante rico e diversificado. Dentre os municípios da Baixada foi o que buscou construir a sua história com maior independência e prematuramente desvinculou-se de Nova Iguaçu, a quem pertencia. Os bens patrimoniais edificados de maior importância histórica estão situados no segundo distrito. É formado pela Fazenda São Bento e pela Igreja Nossa Senhora do Rosário, e todos os bens anexados ao complexo beneditino ao longo da história. Os povos pré-históricos estão representados pelo Sambaqui do São Bento. A Igreja do Pilar é outro ícone da religiosidade, todos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Este conjunto tem a proteção da Lei Municipal 2.300 de 16 de dezembro de 2009, que dispõe sobre o tombamento dos bens materiais e imateriais, e pela Lei 2.224, de 3 de novembro de 2008, que institui a criação do museu de percurso em Duque de Caxias com a denominação de Museu Vivo do São Bento. 

No primeiro distrito, a Igreja São João Baptista de Trairaponga foi construída em 1.647, com localização incerta às margens do Rio Miriti. Em 1.747, é reconstruída com o nome de São João Batista de Meriti, hoje, Santa Terezinha, no Parque Lafaiete. Não há tombamento, porém a comunidade tem preservado o patrimônio, mesmo em que pese algumas descaracterizações. 

No terceiro distrito, na relação dos bens tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), encontramos um trecho do Caminho das Minas denominado Estrada da Taquara e parte da Mata Atlântica na divisa com Petrópolis. Neste mesmo percurso estão as ruínas da Fazenda São Paulo e a Capela de Nossa Senhora do Rosário. O local foi moradia da família do Duque de Caxias, hoje museu Duque de Caxias. O local está bem preservado. É administrada pela municipalidade, porém não há tombamento. A Capela de Santa Rita da Posse fica numa encosta de uma elevação em Xerém, às margens do antigo caminho para as minas construído por Garcia Paes, em 1.704. 

Das três capelas filiadas à Igreja do Pilar, foi a única que restou. É uma belíssima construção, merece trato melhor e não há tombamento. A comunidade religiosa local tem preservado. 
Dentre os bens imateriais, a cultura nordestina é predominante e está presente na culinária, nas festas religiosas, nas cantorias e nas danças. A já tradicional feira aos domingos é uma das mais famosas do Estado do Rio de Janeiro. 

Duque de Caxias tem avançado significativamente para produzir num futuro próximo um exemplo para as demais cidades do Grande Rio. Tudo vai depender das boas articulações políticas dos setores culturais da cidade e do retorno positivo da classe política.
Fonte: O Dia

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