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Belford Roxo participa do 1º Seminário de Mobilidade Urbana “Programa Calçada Acessível” da FIRJAN, realizado no SESI de D.Caxias


BAIXADA FLUMINENSE - A Firjan, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, promoveu esta semana dois seminários de abertura do Projeto Mobilidade Urbana – Programa Calçada Acessível. Os eventos, que têm apoio institucional do CAU/RJ, foram realizados nos dias 3 e 4 de junho, das 9h ás 12h, nas áreas I e II da Baixada Fluminense da Firjan (Área I, em Nova Iguaçu e Área II, em Duque de Caxias).

O diretor da Regional da FRIJAN em D.Caxias Jorge Migonfoi quem coordenou a atividade. 

Orientação e conscientização

O Programa Calçada Acessível surgiu em 2010, fruto da parceria entre a Firjan e a ABCP. O objetivo é orientar responsáveis e envolvidos na elaboração de projetos e obras dos municípios, como engenheiros, arquitetos e gestores públicos, bem como lideranças dos Conselhos Municipais dos Direitos das Pessoas com Deficiência e do Idoso, sobre a importância de melhorar a qualidade das calçadas com padronização e acessibilidade, visando a inclusão e a melhor qualidade de vida.


Gestores e Agentes públicos de vários municípios da Baixada Fluminense e entre estes Rogerio Gomes assessor Especial do Gabinete do Prefeito e o Inspetor Carlos Fernandes Pinheiro Assessor Especial de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Governo, representantes da Prefeitura de Belford Roxo, participaram do Seminário de Mobilidade Urbana “Calçada Acessível” desenvolvido e realizado pela FIRJAM em parceria com a ABCP, além do apoio institucional do CREA-RJ, bem como com o apoio do Ministério das Cidades, do Siduscon-Rio, do Sincocimo, do Banco do Brasil e do Núcleo Pró-acesso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. O evento aconteceu no SESI em Duque de Caxias e abordou a temática de uma nova reformulação para construção de projetos à serem criados e implementados a partir de agora nos espaços urbanos e que prevê também um otimização da distribuição e requalificação dos espaços disponíveis na cidade para que passe a oferecer maior mobilidade à pedestres e veículos e que não continue a perpetuar a segregação social nas cidades da baixada, onde deficientes físicos, crianças, gestantes e idosos ou pessoa com algum tipo de limitação tenha que disputar espaços físicos com a crescente frota de carros que circulam nas ruas e estacionam em calçadas, ciclovias e outros locais irregulares das cidades em especial nos centros urbanos.


O Desenhista Antonio e Vera Amaral da Prefeitura de Belford Roxo ao lado do Arquiteto Luis Gustavo
 coordenador do Projeto.

Durante as palestras apresentadas, foram abordados temas polêmicos como as dificuldades em se conseguir verbas, “uma das principais reclamações dos gestores públicos”, também a falta de integração entre órgão, que em muitos casos não interagem durante a construção, nas ações e execução de projetos e intervenções que acabam por desqualificar o resultado das obras e com isso colaborando com a insatisfação da população, que acaba por criticar em vez de apoiar e ou reconhecer o benefício da obra, também o fator sustentabilidade foi abordado pelos palestrantes, que apontaram em sua maioria problemas crônicos de inobservância de leis e regulamentos técnicos e de segurança, onde riscos são ignorados e ou deixados de lado em virtude de se “baratear” e acelerar a execução e entrega de obras, no contexto do “pelo menos eu fiz alguma coisa”, pratica comum nos municípios mais carentes como na história da baixada.


Auditório do SESI em Caxias. Rogerio Gomes participou da atividade.

Com uma iniciativa que engloba entes de duas esferas de governo(Prefeituras que buscarão investimentos no Governo Federal para desenvolver novos projetos) e do setor privado (cerca de 1000 empresas parceiras) com uma visão de “mobilizar pessoas” em torno da busca do resultado almejado , o projeto visa capacitar tecnicamente as prefeituras e ter a capacidade de oferecer uma cidade com melhor qualidade para a população, partindo de novos parâmetros que nortearam as obras futuras.


Se analisarmos do ponto de vista mais amplo, ruas e espaços melhor requalificados e otimizados beneficiarão, não apenas os pedestres, mais também as empresas e comércio no geral, afinal de contas, enquanto a pessoal perde tempo “olhando para o chão” para não tropeçar ou cair em algum dos muitos buracos espalhados por ruas e calçadas da cidade, deixam de estar “OLHANDO PARA AS VITRINES” e conseqüentemente, fazendo mais compras, ou seja, é necessária uma conscientização e mobilização não apenas dos gestores público, mas também do empresariado que precisará compreender o seu papel no processo, e que não será apenas com o “feijão com arroz”, ou seja, com a execução de obras básicas de ruas e calçadas sem seguir nenhum padrão técnico, ruas e espaços públicos desconfortáveis, inseguros, poluídos e cheios de obstáculos que poderemos progredir e obter melhores resultados e satisfações.


A equipe do Programa Fala Baixada e o apresentador Mauro Vasconcelos acompanharam o seminário e 
gravaram matéria no local.

Várias alternativas já se encontram disponibilizadas em sites autorizados, onde já estão disponíveis cartilhas, manuais e orientações para serem inseridas ou utilizadas para nortear a construção de novos projetos, levando-se em consideração que é necessário rever os atuais modelos e processos de desenvolvimento das cidades, partindo do princípio que durante cerca de 17 anos da tramitação da Lei de Mobilidade Urbana, os espaços foram ocupados e de forma irregular e insalubres e sem utilizar conceitos sustentáveis, onde foram estimuladas e priorizadas a utilização dos carros em vez de alternativas mais econômicas, seguras e sustentáveis e que beneficiariam melhor a população como um todo.


Foi abordado também questão da má qualidade do transporte público que é desconfortável e ineficiente que acaba por estimular o uso do carro, ao contrário de algumas cidades como Nova Iorque, também na Holanda e algumas cidades da Europa, onde foram revistos os investimentos públicos em obras, para distribuir e agregar maiores benefícios a população como um todo, onde a política de utilização de bicicletas ganhou espaços nestas cidades, tendo apoio e adesão progressiva da população, analisou-se também a perspectiva de participação popular na construção desta nova política através da incorporação de canais de controle social, revisão do processo de planejamento urbano com a integração multimodal de transporte, a integração de bicicletários, BRTs e das malhas rodoviárias existentes. Por fim um representante de uma organização de defesa de deficientes físicos, questionou a inexistência e ineficiência de sinalização adequada e adaptada aos portadores de necessidades especiais como “dispositivos sonoros” como existe e está em utilização em algumas cidades espalhadas pelo mundo afora.

O evento foi apresentado pelo Diretor regional Jorge Migon e contou com a participação de gestores de várias cidades entre Seropédica, Resende , também contou com a participação da Superintendente de Políticas Públicas para Mulheres de Belford Roxo Vera Lucia do Amaral, a Coordenadora de Planejamento da CEAMBEL Maria José, Ione Fernandes de Souza arquiteta e o desenhista Francisco Carlos Nogueira Maciel, ambos da Coordenadoria de projetos da Secretaria de Habitação e Urbanismo de Belford Roxo entre outros participantes.

Matéria exclusiva Blog do Lote XV
Edição: Rogerio Gomes

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