Parentes carregam o caixão da menina Thaysa: sonho de ser professora interrompido Foto: Cléber Júnior / Extra |
De acordo com testemunhas, logo após ouvir os primeiros disparos, ela, a irmã e a prima entraram em casa para se esconder. Porém, foi para onde Willian, já baleado, correu. Atrás dele, vieram os bandidos, que o mataram na sala. Ferida, Thaysa ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Os disparos também atingiram a irmã da menina. Thamyres da Silva Chagas, de 15, e a dona da lanchonete, Geovania Costa da Silva, de 59, foram feridas de raspão. Elas foram atendidas no Hospital do Joca, e liberadas.
Para o delegado Luiz Henrique, da 54ª DP (Belford Roxo), Jonathan e Willian foram mortos por vingança. Segundo ele, os dois são apontados como milicianos e teriam sido mortos por um grupo rival
— Mas não descartamos que os autores tenham sido traficantes. É o que vamos apurar agora — diz o delegado Luiz Henrique.
O carro usado pelos bandidos foi encontrado pela PM na Avenida Joaquim da Costa Lima, na altura do bairro São Bernardo. O veículo já foi periciado e impressões digitais foram colhidas.
Tanto Jonathan quanto Willian tinham passagens pela polícia. Jonathan, o Salsicha, respondia a um processo de tentativa de homicídio. Já Willian, o Mais, foi preso em flagrante por receptação, em junho de 2012.
Thaysa estava de férias em Belford Roxo, na casa dos tios Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo |
Jovem passava férias em Belford Roxo
A menina Thaysa da Silva Chagas foi sepultada, ontem, no Cemitério de Olinda, em Nilópolis. De acordo com parentes e amigos, ela era uma menina alegre e inteligente. Segundo o pai, o confeiteiro Juarez Chagas Júnior, de 43 anos, um dos sonhos dela era virar professora.
— Ela e a irmã nunca deram trabalho na escola. A Thaysa costumava até chorar quando as suas notas eram baixas — lembrou Juarez.
A menina morava com a irmã e os pais no bairro Grande Rio, em São João de Meriti. Ela chegou a Santa Amélia, na segunda-feira, para passar as férias na casa do tio.
Para a madrinha, ficará a saudade de ver a menina correndo pela rua.
— Ela era uma criança muito boa. Adorava se arrumar e sair com as amigas para tomar sorvete — disse a balconista Gabriela da Silva, de 38 anos.
Fonte: Extra Online
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