Restaurantes e quiosques que trazem no cardápio carne de sol, aipim e baião de dois. Um grande palco, para um bom arrasta-pé. E 15 mil metros quadrados para receber os moradores mais arretados de Belford Roxo. Por enquanto, o Centro Cultural Nordestino do município existe só no papel e nos sonhos de Severino Gomes da Silva.
- Contratei um arquiteto para fazer o projeto do espaço cultural e apresentei para o prefeito Dennis Dauttmam, na época da campanha. Ele gostou e disse que ia fazer - contou Severino, de 59 anos, mais conhecido como Potiguar. Esse é também o nome de seu restaurante nordestino, no Centro de Belford Roxo. Severino entende do assunto. Vindo do Rio Grande do Norte há 48 anos, ele trabalhou por 12 deles na Feira de São Cristóvão, no Rio, onde participou de três gestões.
-Preciso de ajuda da prefeitura para bancar o projeto e eu administraria a feira, tenho experiência -explicou. Potiguar estima que o centro cultural geraria de oito a dez mil empregos, diretos e indiretos, e que o custo de construção seria em torno de R$ 10 milhões. Outro objetivo de Severino Gomes é trazer diversão para Belford Roxo. - É uma cidade-dormitório e ninguém pensa em proporcionar diversão para as pessoas. Os governos só focam nos problemas, distrair a mente é importante também.
As fotos nas paredes do restaurante mostram a proximidade que Potiguar diz ter com os políticos. Em uma, está ao lado de Dauttmam e, em outra, de Eduardo Paes.
Dauttmam confirmou a vontade de fazer uma feira e afirmou que o projeto está em andamento. - Já temos um local para o projeto e conseguimos R$ 1 milhão em emendas. E só o que posso falar por enquanto - resumiu o prefeito Dennis Dauttmam.
Fonte: Mais Baixada - Extra/Marina Navarro
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