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Das boates às academias, o lado feminino do exercício.

Imagem ilustrativa.
Tal qual uma aula de spinning, o mundo do fitness no Rio é dinâmico, rápido, veloz. E como os cariocas ditam moda nas academias desde os tempos em que aulas de step eram o suprassumo, aprenda que, hoje, se o objetivo é malhar o abdômen e os braços, o indicado é fazer a “Prancha da Iguana”. Já se a intenção for trabalhar o peitoral e a flexibilidade das costas, deve-se lançar mão da “Bailarina Voadora”. Esses movimentos estão reunidos nas aulas de pole dance, a nova febre entre as saradas.

— É uma atividade que consegue movimentar todos os músculos e trabalhar um lado feminino do exercício — opina a estudante Isabela Lima, de 19 anos.

Praticante da modalidade há seis meses, Isabela faz aula na Ultra Modern Dance, academia especializada no Jardim Oceânico, na Barra. Equipado com cinco poles — espécie de mastro de bombeiro prateado —, o espaço é coordenado por Vanessa Costa, uma ruiva de barriga chapada que planeja abrir franquias no segundo semestre.

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Sumidade da atividade no Brasil, Vanessa é a responsável pelo que chama de “legitimação do pole” no Brasil. Foi dela o esforço que, há cinco anos, ergueu a Associação Carioca de Pole Dance — a primeira do país — e, mais tarde, em 2010, a Federação Brasileira de Pole Dance, da qual é a presidente.

A devoção de Vanessa pela barra prateada começou em sua lua de mel, em 2006. Em Amsterdã, na Holanda, ela assistiu a um show e pensou: “é o que quero”.

De volta ao Rio, em 2007, montou uma estrutura em casa para praticar. Depois de alguns meses e de treinos de aperfeiçoamento na Argentina, começou a dar aula para as amigas. Cinco, 12, 20 mulheres de uma só vez. Até ter cerca de 50 alunas dentro de casa.

— Foi quando o meu marido falou: “O que que você vai fazer? Largar as Ciências Sociais ou largar o pole? Precisa decidir”. Aí resolvi abrir a academia.

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Alvo de preconceito durante anos, o pole dance costuma ser associado a boates e a movimentos lânguidos de mulheres seminuas. Dissociar uma coisa da outra é a luta de Vanessa.

— Outra dia perguntei para uma aluna: quando foi a última vez que você superou os seus limites? E ela respondeu: “Todos os dias”. O pole é isso. Você está o tempo inteiro testando seu limite físico e intelectual.
Fonte: O Globo

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