Carrapato, na delegacia Foto: Alexandro Auler / Extra |
Apontado como integrante de uma milícia que atua em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Anderson da Silva Monteiro, o Carrapato, de 30 anos, foi preso, nesta segunda-feira, por policiais da 44ª DP (Inhaúma). Ele estava num sítio, no município de Maricá, na Região dos Lagos. Contra Carrapato havia quatro mandados de prisão pendentes, por homicídio e tentativa de homicídio.
No sítio, os agentes aprenderam uma pistola calibre 380, com numeração raspada; três carregadores de pistola, sendo um com capacidade para 30 balas; e duas fardas do Exército. Segundo as investigações, Carrapato participou dos assassinatos de um policial militar, em 2011, e do policial civil Edson Faustino de Moura, lotado na Polinter, em 2010.
Roberto Berko de Araújo, o Betão. |
As investigações para prender Anderson começaram em março de 2011, com a prisão de Roberto Berko de Araújo, o Betão, por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Betão é apontado como um dos participantes de uma das principais milícias do Estado do Rio.
- Ela é muito atuante no combate à milícia, já pediu muitas prisões de suspeitos - disse ele.
Ainda de acordo com Asty, há quatro anos Carrapato matou o segurança da promotora, o cabo Maia, da Polícia Militar. Ele também é acusado do assassinato de outro policial: o agente da Polinter Edson Faustino de Moura, em 2010.
Carrapato atuava como o pistoleiro da milícia, segundo as investigações. O bando age nos bairros Barro Vermelho, Areia Branca e São Leopoldo. Eles cobram taxa de moradores e comerciantes para fazerem segurança. E, também, vendem sinal de TV a cabo clandestina e cobram ágio na venda do gás.
O acusado foi preso num sítio em Maricá onde, de acordo com os policiais, estava escondido para se fortalecer para: ou conseguir armas e dinheiro para voltar para Belford Roxo, ou para montar uma base da milícia na Região dos Lagos. No momento em que os agentes chegaram ao sítio, outro integrante da milícia estava no local. Luciano Laurindo, o Negão, porém, conseguiu escapar do cerco. Contra ele, há três mandados de prisão pendentes.
As investigações sobre o bando começaram em março de 2011, com a prisão de Roberto Berko de Araújo, o Betão, por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Betão era o chefe da milícia e é investigado pela participação em cem assassinatos. Um terceiro integrante do bando também já foi preso: Diego Cerolzinho. Outros nove integrantes da milícia já foram identificados.
Acusado nega os crimes
Algemado, Carrapato negou os crimes dos quais é acusado. Ele disse aos policiais que é filho de um policial militar e que, por isso, faz questão de andar dentro da lei. O preso chegou a dizer que “sempre honrei a polícia”.
Fonte: Extra/R7
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