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Alunos da Baixada já são 10% dos beneficiados no Rio com bolsas para estudar no exterior.

No inverno, Bruno aproveitou a neve em Turim para esquiar
na estação Bardonecchia Foto: Álbum de família
Esqueça miniaturas do Coliseu ou chaveirinhos da Torre de Pisa. Ao chegar ao Rio esta semana, a bagagem que o estudante Bruno de Freitas Barbosa, morador do Centro de Nova Iguaçu, traz de 11 meses morando em Turim, no norte da Itália, vai bem além das lembrancinhas vendidas para turistas. O estudante da UFRJ é um dos 221 moradores da Baixada Fluminense que já receberam bolsas para estudar em universidades no exterior, uma aposta do governo federal para alavancar o desenvolvimento tecnológico e científico de todo o país.

Lançado em dezembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff, o Ciência sem Fronteiras dá bolsas para universitários em diferentes estágios. A maioria é para a graduação, na modalidade “sanduíche”, quando o aluno de uma universidade brasileira faz algumas disciplinas do curso no exterior.

Com cerca de 75% das vagas custeadas pelo governo federal — o restante é financiado por parcerias com a iniciativa privada — o programa tenta colocar o Brasil no seleto rol de países com relevância mundial em pesquisas científicas e em inovações tecnológicas.

Embora a maioria das vagas acabe indo para alunos que vivem em cidades com grandes centros universitários, como São Paulo, Rio e Campinas, moradores de municípios das regiões metropolitanas e que estudam em boas universidades também têm sido aprovados — a exemplo de Bruno, que cursa engenharia de produção na UFRJ e passou pela Universidade Politécnica de Turim, considerada a melhor de engenharia na Itália.

A Baixada Fluminense tem aumentado sua participação no programa. Em março deste ano, eram 69 alunos da região, representando 6,52% do total de beneficiados com bolsas no estado. Hoje, os estudantes da Baixada são 10,39% dos favorecidos pelo programa em todo o Rio.

O governo federal não analisa o endereço dos candidatos, mas sim sua excelência. A exemplo do vestibular ou do mercado de trabalho, sai na frente quem tem o melhor preparo ou o melhor currículo. Aos 22 anos, Bruno cumpriu toda sua vida escolar em Nova Iguaçu, até ser aprovado para a federal.
Fonte: Extra Online

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