Laboratório que errou testes de HIV foi contratado por R$ 11 mi pelo governo do RJ |
Outro sócio do laboratório sob investigação é Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, primo do ex-secretário de Saúde e hoje deputado federal Dr. Luizinho
POLÊMICA - Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ) informou na noite desta sexta-feira (11) que o médico ginecologista Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Saleme, foi afastado das atividades como presidente do Comitê Gestor de Vigilância e Análise do Óbito Materno Infantil e Fetal do município.
O médico é concursado em Nova Iguaçu e, segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde da cidade, exercia o cargo de presidente do comitê de forma não remunerada.
O laboratório foi responsável pelos testes nos doadores no caso dos pacientes que foram contaminados por HIV após passarem por transplantes de órgãos no Rio de Janeiro.
Outro sócio do laboratório sob investigação é Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, primo do ex-secretário de Saúde e hoje deputado federal Dr. Luizinho, atual líder do PP na Câmara dos Deputados.
De acordo com a pasta, a Prefeitura de Nova Iguaçu encerrou o contrato com a empresa PCS LAB Saleme em fevereiro deste ano. Após o ocorrido, o local passou a ser administrado por uma OSS (Organização Social de Saúde) do município.
Sindicância
Após a denúncia e interdição no laboratório pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu afirmou que irá abrir sindicância contra a clínica.
A secretaria afirma ainda que pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) que fizeram exame no local podem voltar às unidades de saúde que solicitaram testes para requisitá-los novamente. De acordo com a pasta, até o momento não foram registrados casos de pacientes questionando exames.
Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, um novo laboratório será contratado em caráter emergencial.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro classificou o episódio como "inadmissível" e sem precedentes. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) instaurou um inquérito civil para investigar as irregularidades, assim como a Polícia Civil do estado. O Ministério da Saúde também acompanha o caso.
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Fonte: Estado de Minas/Agência Brasil/G1
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