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Saiba o que é ebola, doença grave que mata 90% dos infectados. Infectologista do Joca diz que risco de doença chegar aqui é zero.

Doença já matou mais de 800 pessoas na África Foto: HANDOUT / REUTERS
A África vive, desde fevereiro deste ano, a pior epidemia de ebola já registrada no continente africano. No entanto, segundo especialistas e o Ministério da Saúde do Brasil, não há riscos de os brasileiros contraírem a doença. O vírus é transmitido por contato com sangue, secreções ou fluidos corporais (como suor, lágrima, saliva e sêmen) do infectado.

Na última sexta-feira, o governo brasileiro desmentiu o boato de um caso suspeito de ebola em Goiânia e anunciou o reforço do controle sanitário em portos, aeroportos e fronteiras para identificar pessoas com sintomas da doença.

— Considera-se que não há risco para o Brasil porque o ebola causa debilidade tão intensa que a pessoa não consegue nem se locomover. A chance de entrada de doentes no país é praticamente nula — diz a infectologista Leticia Janotti, coordenadora do serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e do Hospital Municipal de Belford Roxo.

Segundo a médica, o ebola não é transmitido pelo ar, o que significa que a presença de alguém infectado dentro de um avião, por exemplo, não põe os demais passageiros em perigo.

Os sintomas da doença são febre alta, fraqueza, dor muscular, cefaleia, dor de garganta, diarreia, vômitos e hemorragias — tanto internas, em órgãos e cavidades, quanto externas, em feridas na pele. Por provocar sangramentos, que representam a forma mais grave da infecção, o ebola é altamente letal: cerca de 90% dos pacientes não resistem.

— A evolução da doença é muito rápida. Como não existe tratamento específico, é difícil controlá-la devido à agressividade — explica o infectologista Marcus Cardoso, do Hospital Norte D’Or.

Não há vacina para o ebola. O tratamento é feito com hidratação e medicamentos que visam aliviar os sintomas — não existem drogas para atacar o vírus. O período de incubação da doença varia de dois a 21 dias, e os sintomas mais graves podem aparecer de três a sete dias após as primeiras manifestações.

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Profissionais de saúde e parentes dos doentes são os mais suscetíveis à infecção por ebola, pois mantêm contato direto com o paciente.

Não há recomendação oficial de restrição de viagens a países da África. No entanto, para os infectologistas Leticia Janotti e Marcus Cardoso, é bom evitar a região. Caso a ida seja inadiável, deve-se sempre lavar bem as mãos, não ter contato com doentes e ficar atento à água e à comida, que podem estar contaminados por fluidos e secreções de infectados.

Macacos, gorilas, morcegos e porcos-espinhos também podem transmitir ebola.
Fonte: Extra Online/ Camilla Muniz

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