O PMDB do Rio de Janeiro filiou nesta sexta-feira (4) oito deputados estaduais, ampliando para 20 o número de parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado, que possui 71 cadeiras. A um ano das eleições, o partido do governador Sérgio Cabral e do vice Luiz Fernando Pezão, que disputará o governo do Estado em 2014, passa a ter disparado a maior bancada da Casa a segunda maior é do PSD, com dez deputados.
Os novos filiados são Marcelo Simão, Rafael do Gordo, Ricardo da Karol, Gustavo Tutuca (todos ex-PSB), Dica, Fábio Silva (ambos ex-PSD), Waguinho (Wagner dos Santos Carneiro/PRTB) e Coronel Jairo (PSC).
Juntos, os oito receberam mais de 351.346 votos nas eleições de 2010. Com as filiações, Pezão afirmou que o PMDB ampliou seu "exército" para as eleições de 2014. "Quem pensava que o PMDB estava fora do jogo, agora sabe o tamanho do exército que a gente tem", disse o vice-governador, em discurso na cerimônia de filiação.Assinaram também ficha de filiação ao PMDB Dr. Wilson, secretário de Governo de Seropédica, e o professor Celso Pancera, presidente da Faetec. Ambos serão candidatos a deputado federal no ano que vem.
Vice-presidente do PMDB-RJ, Marco Antônio Cabral fez um discurso emocionado. “O PMDB mudou o Rio e está transformando este estado. A gente não vai ter vergonha de sair na rua ano que vem mostrando tudo o que foi feito. E não foi pouco”, disse Marco Antônio, que é também presidente da Juventude Nacional do PMDB.
Prestigiaram ainda o ato de filiação os deputados Paulo Melo, presidente da Alerj; Eduardo Cunha, líder da bancada do PMDB na Câmara; Domingos Brazão, Graça Matos, Délio Leal, Rafael Picciani, Bernardo Rossi, o prefeito Helil Cardozo, de Itaboraí, entre outros.Com as filiações, a legenda tenta compensar o desgaste sofrido por Sérgio Cabral em episódios recentes, como os abusos da polícia durante a onda de protestos de junho e julho e o caso Amarildo.
PSB enfraquecido
O partido mais prejudicado com as filiações é o PSB, que perdeu cadeiras e agora permanece só com dois deputados. A migração para o PMDB ocorre após a intervenção de Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e pré-candidato à sucessão presidencial, que tirou Alexandre Cardoso, aliado de Cabral, da presidência estadual da sigla, e colocou em seu lugar o deputado federal Romário.
A manobra concretizou o retorno de Romário ao PSB, menos de dois meses depois de o ex-atleta se desfilar da sigla. Antes de acertar a volta, o deputado disse estar "99,9%" fechado com o PR do deputado federal Anthony Garotinho. Ele também esteve perto de se transferir ao recém-criado Pros. Questionado, Romário afirmou que "99,9% não é 100%."
Fonte: Uol/PMDB
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