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Sede do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu — Foto: Rafael Nascimento/g1 |
O Conselho Regional de Farmácia do RJ informou neste domingo (13) que Laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelos dois exames que não detectaram o vírus HIV nos pacientes, não conta com farmacêuticos registrados.
O órgão fiscalizador da categoria também informou que o laboratório responsável pelos dois exames que não detectaram o vírus HIV nos pacientes, não conta com farmacêuticos registrados no CRF/RJ.
As informações foram divulgadas pelo CRF/RJ neste domingo (13), em uma nota, que também divulgou que a presidente em exercício do órgão, Luzimar Gualter, "promoveu procedimentos administrativos para diligenciar junto às autoridades competentes, além de instaurar procedimentos internos envolvendo suspensão preventiva, medidas éticas e disciplinares relacionadas ao caso".
A nota não deixa claro quais profissionais foram punidos preventivamente pelo CRF/RJ. Contudo, o órgão diz que "caso sejam constatadas transgressões às normas sanitárias ou éticas, as penalidades poderão culminar na cassação definitiva do registro profissional".
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Conselho Regional de Farmácia do RJ (CRF/RJ) divulga nota sobre exames de pacientes com HIV — Foto: Reprodução internet |
Transplantados testam positivo para HIV
Seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) receberam órgãos infectados pelo HIV de 2 doadores e agora testaram positivo para o vírus. O incidente é inédito na história do serviço.
A notícia foi dada pela BandNews FM na última sexta-feira (11). À TV Globo e ao
g1, a Secretaria confirmou as informações e que investiga o caso. O incidente também é apurado por Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj).
Segundo o governo do estado, o erro foi em 2 exames do PCS Lab Saleme. A unidade privada fica em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e foi contratada pela SES-RJ em dezembro do ano passado, em um processo de licitação via pregão eletrônico no valor de R$ 11 milhões, para fazer a sorologia de órgãos doados.
A Coordenadoria Estadual de Transplantes e a Vigilância Sanitária Estadual interditaram o laboratório, e o caso é investigado pela Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil. A 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, do MPRJ, instaurou um inquérito civil para investigar as irregularidades noticiadas no programa de transplantes.
A Anvisa descobriu ainda que o PCS não tinha kits para realização dos exames de sangue nem apresentou documentos comprovando a compra dos itens, o que levantou a suspeita de que os testes podem não ter sido feitos e que os resultados tenham sido forjados.
O laboratório disse que abriu sindicância interna para apurar o caso e que em todos os exames realizados no período de prestação de serviços à Fundação de Saúde do Governo do Estado foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.
Veja a íntegra da nota:
"O laboratório PCS Lab abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso envolvendo diagnósticos de HIV em pacientes transplantados ocorridos no Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969.
O laboratório informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à Fundação de Saúde do Governo do Estado. Nesses procedimentos foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O PCS Lab dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e seus familiares; e reitera que está à disposição das autoridades policiais, sanitárias e de classe que investigam o caso."
Fonte: G1
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