Kennedy saiu do banco de reservas e marcou o gol que deu o título ao Tricolor - Divulgação | Twitter | Taça Libertadores da América |
No duelo desta noite, tudo parecia correr bem para o time comandado por Fernando Diniz. Em um primeiro tempo de amplo domínio, Germán Cano abriu o placar e parecia que o Fluminense iria vencer sem dificuldades, mas, na segunda etapa, um gol de Advíncula trouxe tons dramáticos para a decisão.
Tudo mudou aos 35 minutos da etapa final, quando Diniz resolveu tirar Ganso e colocar John Kennedy, que pôs fogo no jogo logo de cara. Mas, para abrilhantar ainda mais a história, o gol do título saiu apenas na prorrogação, com a Cria de Xerém indo para a torcida e ainda sendo expulso pelo segundo cartão amarelo.
Fonte: Conmebol Libertadores |
O título foi o primeiro da história do Fluminense na Libertadores da América, que já tinha sido vice-campeão em 2008. A conquista também consagrou o trabalho de Fernando Diniz, que venceu o maior torneio de sua carreira até o momento.
O primeiro tempo do confronto foi de domínio total do time brasileiro. Com mais volume de jogo, o Fluminense circulava a bola no campo de ataque e buscava os espaços na defesa argentina, que se defendia de todas as formas possíveis.
Aos 13 minutos, o Tricolor conseguiu sua primeira boa chance. Em cobrança de falta, Marcelo jogou a bola na cabeça de Germán Cano, mas o artilheiro cabeceou nas mãos do goleiro Sérgio Romero. A tentativa do 'camisa 14' do Fluminense parecia um presságio do que iria acontecer ainda no primeiro tempo.
O susto fez com que o Boca Juniors tentasse sair para o ataque. Dois minutos depois, em uma jogada 'trabalhada pela metade', Merentiel arrisca do meio da rua, mas Fábio faz a defesa sem muita dificuldade. E foi apenas isso que os argentinos produziram.
No restante da primeira etapa, o time das Laranjeiras mostrava sua imposição ofensiva e também qualidade para pressionar o adversário, quando estava sem a bola. A dificuldade do Boca Juniors em trocar passes era evidente.
Aos 26 minutos, Keno cruzou bola na área e Cano tentou uma bicicleta, mas sem sucesso. Pouco depois, aos 34, Marcelo tentou novo cruzamento e Nino cabeceou muito próximo ao gol de Romero.
No entanto, se fez valer o velho ditado: 'água mole em pedra dura, tanto bate até que fura'. E foi assim que o Fluminense encontrou seu primeiro gol. Após tabela de Keno e Arias, aos 35, Cano recebeu na entrada da área e não perdoou.
Com 1 a 0 no placar, o time de Fernando Diniz soube administrar o restante de tempo que faltava para o fim da primeira etapa. O Boca Juniors até tentou alçar bolas na área, mas todas com facilidade para Fábio.
O segundo tempo já dava indícios que haveria mais equilíbrio do que foi a primeira etapa. Pelo lado direito, Advincula aproveitava os espaços deixados por Marcelo e conseguia arrepiar a espinha do torcedor tricolor.
Foto: Instagram Fluminense FC. |
Por outro lado, Keno e Arias infernizavam a defesa azul e amarela. Aos 9 minutos, o colombiano sai de dois marcadores e cruza rasteira para Cano. Parecia 'replay' do primeiro gol, mas Romero se antecipou e evitou que a bola chegasse no atacante.
A resposta argentina veio dois minutos depois, com o peruano Advincula aproveitando mais um espaço deixado por Marcelo e chutando na rede do goleiro Fábio, mas pelo lado de fora.
O Fluminense parecia ter um problema crônico no lado esquerda de defesa, direito de ataque do Boca Júniors. Em novo cruzamento de Advincula, Fábio não conseguiu segurar e precisou sair de soco.
Mesmo com o susto, o Tricolor não se intimidou e após jogada muito bem trabalhada, André arriscou de fora da área e Romero caiu para fazer a defesa. Na sequência, o Boca aproveitou o contra-ataque e Equi Fernandez chutou no meio do gol.
O empate do Boca Júniors foi 'pedra cantada'. Aos 26, Advincula 'gingou' para cima de Marcelo, cortou para dentro e estufou as redes do goleiro Fábio. Menos de 10 minutos depois, o lateral-esquerdo foi substituído por Diogo Barbosa.
Fernando Diniz também apostou no garoto John Kennedy, que entrou no lugar de Ganso e colocou fogo no jogo. Aos 40, ele roubou a bola no campo de ataque e chutou travado, Romero já tinha caído, mas voltou para fazer a defesa.
Três minutos depois, Merentiel arriscou de fora da área e mandou muito perto do travessão de Fábio. Nos acréscimos, aos 47, Diogo Barbosa teve a bola do jogo, após passe de Lima, mas o lateral bateu para fora e levou o jogo para a prorrogação.
Com os dois times cansados, os últimos 30 minutos começaram com um ataque do Fluminense, após Keno arriscar o chute e Romero defender. Na sequência, o Boca apareceu novamente com Advincula, que cruzou pela direita e Fábio afastou.
Mas, assim como foi na semi-final, contra o Internacional, quis o destino que John Kennedy saísse do banco para decidir o confronto. Diogo Barbosa lançou Keno, que ajeitou de cabeça para a Cria de Xerém estufar as redes de Sérgio Romero.
Na comemoração, Kennedy foi para os braços da torcida e tomou o segundo amarelo, sendo expulso. A desigualdade em campo durou pouco tempo: Fabra agrediu Nino e também viu o cartão vermelho.
Com os dois times com 10 jogadores em campo, o Fluminense decidiu se fechar atrás e tentar aproveitar os contra-ataques cedidos pelos argentinos. A estratégia arriscada fez com que Fábio trabalhasse bastante.
Em escanteio no primeiro minuto da etapa final, Taborda cobrou e Fábio afastou de soco. Aos 3, Benedetto, que entrou no lugar de Cavani, girou dentro da área e mandou para fora. Em seguida, Taborda arrisca novamente e o arqueiro tricolor defendeu.
Antes do apito final, o Fluminense ainda colocou uma bola na trave com o lateral Guga, que entrou na vaga de Samuel Xavier. Depois, bastou apenas o árbitro Wilmar Roldán apitar o encerramento da partida para a festa da torcida tricolor.
Fonte: Band News
Link:
0 Comentários