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Mais de uma semana após queda e morte de idoso, passarela em Duque de Caxias não foi consertada.

Passarela foi interditada após acidente Foto: Fábio Guimarães / Extra
Uma semana e três dias após a morte do comerciante Bernardo Barros Sobrinho, de 61 anos, que caiu de uma passarela em Duque de Caxias próxima à antiga rodoviária, o cenário permanece o mesmo. A passagem para pedestres que atravessa a ferrovia está sem barras de proteção e interditada, obrigando pedestres a andar mais de 150 metros até a travessia mais próxima. Outras passarelas visitadas, na última segunda-feira, pelo EXTRA também estão em mau estado.

Além do desgaste, a população se queixa da altura das grades de proteção. Segundo o eletricista Roberto Leonardo Viana, que mora em Caxias, o guarda-corpo de grande parte das travessias tem cerca de 1m de altura, baixo demais, principalmente para crianças.

— Quando passo com meus filhos, de 2 e 4 anos, minha atenção é redobrada — relata.

Filho de Bernardo, Elicleisson Andrade de Barros, de 27 anos, reclama do descaso.

— Já estava escrito que isso (o acidente) ia acontecer, e deixaram — diz ele, que não decidiu se processará o estado.— Só me procuraram no dia do enterro, depois nunca mais apareceram.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, disse estar em contato com a família. O prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, informou que será assinado convênio com o estado para que o município faça obras emergenciais:

— As nove passarelas da cidade serão reformadas, começando pela passarela onde houve o acidente.

O descaso com as passarelas não é exclusividade de Caxias. O bairro carioca de Vigário Geral também sofre com o mau estado de uma travessia sobre a ferrovia. Há mais de 15 anos, segundo moradores, as escadas foram removidas, mas a estrutura da passarela, entre a Av. Presidente Kennedy e a Rua Otranto, permanece lá, enferrujada e sem piso.

Falta acesso à travessia em Vigário Geral
Foto: Fábio Guimarães / Extra

— Está podre e pode cair nos trilhos. Para atravessar, é preciso andar quase 200 metros até outra passarela — diz o comerciante Délcio Donala.

Segundo a SuperVia, as passarelas que não dão acesso à via férrea são de responsabilidade da Secretaria estadual de Transportes. Osorio informou que está sendo feito um levantamento sobre o estado das passarelas:

— Quando o levantamento terminar, até o fim do mês, queremos passar para os municípios a propriedade das passarelas, já que eles estão mais próximos do problema — afirmou.
Fonte: Elisa Clavery/EXTRA

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