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Filha mata o pai enquanto ele dormia, em Belford Roxo.

Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense apreenderam na manhã desta terça-feira (29 de setembro) uma jovem de 17 anos acusada de asfixiar até a morte o pai, o pedreiro André Rodrigues dos Santos, de 37 anos. Segundo informações de parentes da vítima, o pedreiro estaria dormindo, sob o efeito de álcool, quando foi atacado pela filha, sem ter chances de reagir. 

O crime aconteceu por volta das 1h da madrugada de ontem, e o corpo foi encontrado na cama da vítima, em sua residência, na Rua Cabo Branco, no Morro da Lua, bairro Santa Amélia, em Belford Roxo. De acordo com os familiares, a adolescente teria chegado à casa bêbada, amparada por duas tias e um rapaz desconhecido pela vizinhança, por volta das 1h da manha, e encontrado o pai deitado na cama, também sob o efeito de álcool. 

Em sua defesa, a jovem teria dito à família que o pai (André) vinha tentando manter contatos íntimos com a ela, e que esse foi o motivo que a levou a cometer o homicídio. Eles ainda ressaltaram que as saídas noturnas da jovem eram frequentes, e era habitual ela voltar para casa em estado de embriaguez. 


Abalada com a tragédia, a irmã de André, a doméstica Lucimar de Lima Gonçalves, afirmou que a jovem não tinha motivos para matar o pai, já que o relacionamento entre eles era, aparentemente, normal. Ainda segundo Denise, como a única fonte de renda da jovem eram trabalhos temporários, e o último serviço dela foi como panfletista, o irmão era responsável pelo sustento da menina e do filho dela, de um ano de idade. “Eu fiquei sabendo que meu irmão tinha morrido quando já eram 2h da manhã. A minha sobrinha ligou para mãe dela avisando que tinha matado o pai e ela tratou de avisar a família. Ele bebia, mas era um homem divertido, de boa índole e trabalhador. É triste, e eu quero justiça. E ela precisa pagar pelo que fez.”

Inconformado com o desfecho da história de seu amigo de trabalho, o auxiliar de pedreiro Sérgio de Oliveira Silva afirmou que o principal objetivo de André era trabalhar para conseguir dar conforto à filha e ao neto. Segundo ele, a vítima não economizava adjetivos quando se referia à criança. “Ele amava aquelas crianças. Ele vivia dizendo que só trabalhava para os filhos e neto. Ele mostrava o menino pra todo mundo. Tinha o maior orgulho de ser avô. E eu nunca tive problemas com o André, ele era um homem respeitador e eu confiava muito nele. Mesmo a filha não sendo “flor que cheire”, ele dava tudo pra ela. Nunca deixou faltar nada”, afirmou o amigo da vítima. 


Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmaram que a jovem teria usado como defesa as investidas do pai, e confessou que matou o homem com um travesseiro. Ela foi apreendida no início da manhã de ontem, e vai aguardar julgamento para saber se vai responder o processo em liberdade. 
Fonte: Jornal de Hoje
Por Marcelle Bappersi

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